Provalvelmente, e em conjunto com os Can e os Faust, os Neu! foram os melhores representantes do “krautrock”. Este exemplar notável, é tal como os dois discos anteriores, um trabalho fascinante e que ainda hoje não soa datado. Mas este foi também o álbum onde deixaram completamente de lado a sua componente mais abstracta, que dominou os dois primeiros discos, e incorporaram melodias e ritmos mais estruturados, tornando-o no mais consistente e mais audível.
Criado após uma separação inicial, a reunião resultou num esforço esquizofrénico, onde belas texturas sonoras e ruído, se fundem com guitarras flutuantes e uma percussão rítmica verdadeiramente única para criar no ouvinte um efeito verdadeiramente hipnótico.
O disco divide-se entre a abordagem mais ambiental e minimalista de Michael Rother e o “rock” abrasivo e impetuoso infundido pelo demente Klaus Dinger (e a sua irresistível batida repetida conhecida como “motorik”). A primeira parte, mais sedativa e mais melódica, inclui os sedutores e melodiosos teclados de “Isi”, a derivante imponência de “Seeland”, e a quietude hipnótica de “Leb Wohl” é de Rother, e onde estão ausentes as usuais e regulares batidas de bateria. Já a segunda parte é toda de Dinger (onde ele geme e grita), e está recheada de guitarras inflamáveis e ondulantes, e estranhos efeitos electrónicos, que criam paisagens sem expressão, evidenciadas no “proto-punk” de “After Eight” ou no agressivo “Hero”.
Mas o resultado final demonstra que apesar das diferenças globais entre Rother e Dinger nas suas abordagens sonoras e mesmo nas suas personalidades, eles conseguiam produzir em conjunto alguma da melhor música de sempre. Deixaram-nos três registos altamente originais e sem precedentes, e exerceram uma enorme influência em muita da moderna música alternativa, desde o “punk”, passando pelo “techno” de Detroit até ao pioneiros “lo-fi”. E isso é evidente nas várias referências proferidas por gente tão diversa como por exemplo, John Lydon , Negativland, Stereolab, Spacemen 3, Add N To X ou Wire.
Criado após uma separação inicial, a reunião resultou num esforço esquizofrénico, onde belas texturas sonoras e ruído, se fundem com guitarras flutuantes e uma percussão rítmica verdadeiramente única para criar no ouvinte um efeito verdadeiramente hipnótico.
O disco divide-se entre a abordagem mais ambiental e minimalista de Michael Rother e o “rock” abrasivo e impetuoso infundido pelo demente Klaus Dinger (e a sua irresistível batida repetida conhecida como “motorik”). A primeira parte, mais sedativa e mais melódica, inclui os sedutores e melodiosos teclados de “Isi”, a derivante imponência de “Seeland”, e a quietude hipnótica de “Leb Wohl” é de Rother, e onde estão ausentes as usuais e regulares batidas de bateria. Já a segunda parte é toda de Dinger (onde ele geme e grita), e está recheada de guitarras inflamáveis e ondulantes, e estranhos efeitos electrónicos, que criam paisagens sem expressão, evidenciadas no “proto-punk” de “After Eight” ou no agressivo “Hero”.
Mas o resultado final demonstra que apesar das diferenças globais entre Rother e Dinger nas suas abordagens sonoras e mesmo nas suas personalidades, eles conseguiam produzir em conjunto alguma da melhor música de sempre. Deixaram-nos três registos altamente originais e sem precedentes, e exerceram uma enorme influência em muita da moderna música alternativa, desde o “punk”, passando pelo “techno” de Detroit até ao pioneiros “lo-fi”. E isso é evidente nas várias referências proferidas por gente tão diversa como por exemplo, John Lydon , Negativland, Stereolab, Spacemen 3, Add N To X ou Wire.
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