A união de duas almas gémeas nascidas no mesmo dia do mesmo ano (Pete "Sonic Boom" Kember e Jason Pierce) criou uma das bandas mais incompreendidas pela crítica, quer pelo facto de nunca terem compreendido a sua música, quer pelo facto da banda nunca ter escondido o seu excessivo consumo de drogas duras. Apesar disso os Spacemen 3 rapidamente ganharam uma legião de fãs.
Os Spacemen 3 caracterizavam-se por um som psicadélico, minimal, harmonias distorcidas ao limite, baseadas em guitarras e sintetizadores.
Claramente “Playing with Fire” (1989 Fire) é o grande disco dos Spacemen 3, mas “Recurring” sempre me fascinou pelo cocktail de influências que a sua audição me proporciona.
“Recurring foi gravado numa altura em que os 2 "génios" não se falavam, ficando o lado 1 com as gravações de Boom, e o lado 2 com as de Pierce. Mas o facto é que o disco funciona perfeitamente desta forma.
As composições de Boom são mais horizontais, com um ritmo hipnótico constante do princípio ao fim dos temas. “Big City” é um hino à cultura rave, com o seu ritmo “electro”, só que não dançamos, flutuamos.
“Set me Free”/”I´ve got the Key” é psicadelismo puro, os efeitos sonoros envolvem-nos como uma nuvem.
O som de Pierce é mais lírico, construindo as canções em clímaxes. “Sometimes” é um exemplo típico.
“Feel So Sad” é a pérola deste disco, um “blues” melancólico, com um a voz fantasmagórica. “Feelin’ Just Fine (Head Full of Shit)” não podia ser mais explícita, a nossa cabeça é submetida ao acumular de efeitos sonoros.
O resultado final é um disco envolvente, sem um elevado grau de sofisticação, mas surpreendente comovente.
Os Spacemen 3 caracterizavam-se por um som psicadélico, minimal, harmonias distorcidas ao limite, baseadas em guitarras e sintetizadores.
Claramente “Playing with Fire” (1989 Fire) é o grande disco dos Spacemen 3, mas “Recurring” sempre me fascinou pelo cocktail de influências que a sua audição me proporciona.
“Recurring foi gravado numa altura em que os 2 "génios" não se falavam, ficando o lado 1 com as gravações de Boom, e o lado 2 com as de Pierce. Mas o facto é que o disco funciona perfeitamente desta forma.
As composições de Boom são mais horizontais, com um ritmo hipnótico constante do princípio ao fim dos temas. “Big City” é um hino à cultura rave, com o seu ritmo “electro”, só que não dançamos, flutuamos.
“Set me Free”/”I´ve got the Key” é psicadelismo puro, os efeitos sonoros envolvem-nos como uma nuvem.
O som de Pierce é mais lírico, construindo as canções em clímaxes. “Sometimes” é um exemplo típico.
“Feel So Sad” é a pérola deste disco, um “blues” melancólico, com um a voz fantasmagórica. “Feelin’ Just Fine (Head Full of Shit)” não podia ser mais explícita, a nossa cabeça é submetida ao acumular de efeitos sonoros.
O resultado final é um disco envolvente, sem um elevado grau de sofisticação, mas surpreendente comovente.
3 comentários:
Também acho "Playing With Fire" o grande disco dos Spacemen 3. Mas este e "The Perfect Prescription" são igualmente muito bons. E "Big City" traz-me grandes recordações...
adicionei-te ao prozac!
Gosto de pessoas que olham para o passado:)
Obrigado pela honra :)
Espero não desiludir.
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