
Eles eram uma verdadeira versão americana de Lennon e McCartney, e se não inventaram o “power pop”, forneceram a mina de ouro que serviu de inspiração a gente como R.E.M., Teenage Fanclub, The Replacements, Elliot Smith, The Posies, entre muitos outros.
“#1 Record”, com uma vibrante e cintilante produção de John Fry, adquire apropriadas e distintas reviravoltas, umas atrás de outras, através das cuidadosamente idealizadas canções e da formosa reciprocidade entre as guitarras acústicas e eléctricas e as vocalizações repartidas, seja na “auto-afirmativa “Ballad Of El Goodo”, no turbilhão “pop” de “My Life Is Right”, na magnificente “Thirteen”, na impetuosa “When My Baby’s Beside Me” ou na ondulante “Feel”.
Alguns responsabilizaram Bell (o McCartney), que abandonou após este disco, pelo excessivamente acústico e melancólico segundo lado, mas quer ele quer Chilton (o Lennon) iriam atingir aqui estados de espírito distintos, e beneficiaram dos alternados entusiasmos e suspiros nas suas letras e vocalizações. E por isso “#1 Record” é praticamente perfeito.
Os Big Star eram obviamente e excessivamente “Sixties” – ele estavam demasiadamente feridos para as ideias revolucionárias do “rock” e eram suficientemente sensatos para saber que “boys, gals and the gang” iriam sempre durar muito mais que qualquer tendência.
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