Mostrar mensagens com a etiqueta Explosions In The Sky. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Explosions In The Sky. Mostrar todas as mensagens

20 maio 2009

Mono – “Hymn To The Immortal Wind” (2009 Temporary Residence)

Depois do excelente “You Are There” (2006) era com expectativa que se aguardava o regresso dos Mono, felizmente eles excederam-se e criaram uma cinemática, iluminada, meditativa e espiritual obra-prima orquestral.
Produzido por Steve Albini, cuja atenção aos requintados pormenores de gravação do som ambiente dá ao disco uma sensibilidade sufocada e claustrofobica, a qual paradoxalmente fornece a sua explosiva conectividade. E a banda usando similaridades estruturais que dão ao disco uma essencial homogeneidade e fluxo, criam temas irresistíveis, começam com delicadas melodias, depois aplicam camadas e camadas de guitarras (inundadas de noise) e arranjos de cordas, e finalmente adicionam cintilantes explosões revestidas de uma enorme aura.
O disco abre com a colossal e asfixiante experiência que é “Ashes In The Snow”, a qual fornece o padrão sonoro, ao atingir o seu intolerável clímax somente passados oito minutos (num total de onze que constituem o tema), mas que transgride o estabelecido protocolo musical ao possuir e introduzir um novo “coda” – uma secção de cordas que domina o disco. Notáveis são também as arrebatadoras guitarras e orquestrações de “The Battle To Heaven”, o melancólico “Burial At Sea” e o seu provocador esplendor, o vertiginoso espiral de feedback e frenesim orquestral de “Pure As Snow (Trails Of The Winter Storm)”, até fecharmos ao belo capitulo final, “Everlasting Light”, recheado de convenientemente esmagadores crescendos, que desabrocham num elevadíssimo vértice final. E que estabelece os Mono como modernos expoentes máximos do “post-rock”, ao lado de Sigur Rós, Explosions In The Sky ou A Silver Mt. Zion.
_

26 abril 2007

Explosions In The Sky - “All of a Sudden I Miss Everyone” (2007 Bella Union/ Temporary Residence Limited)

Aos primeiros acordes de “The Birth and Death of the Day” (a faixa que abre o disco), constatamos que estamos perante um disco brilhante.
Este disco, o quarto do grupo texano, é passo em frente em relação aos anteriores trabalhos da banda. Musicalmente as canções estão muito mais eficientes e a variedade instrumental utilizada foi muito mais ampla.
Comparações com bandas classificadas de “post-rock” como Godspeed You Black Emperor! ou Mogwai, podem entender-se devido à música encaixar no mesmo quadrante contemplativo. O que diferencia e ao mesmo tempo ainda mantém a atracção deste formato musical, é resultado da arte dos Explosion In The Sky.
Ao longo do disco, as guitarras contorcem-se ao longo de etapas sombrias, as quais tentam transmitir relações sonoras como: tensão e escape, conflito e resolução, emoção e conforto.
Estamos perante canções “indie-rock” transformadas em longos instrumentais, centradas em melodias simples, mas no entanto obscuras.

Existe uma edição especial de dois CD’s, que contém remisturas dos temas pelos Four Tet ou Adem, entre outros.