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28 janeiro 2008

Do fundo da prateleira # 8 - Helmet – “Strap It On” (1990 Amphetamine Reptile)

Provavelmente sejam mais (re)conhecidos pelo seu trabalho de 1992, “Meantime”, editado já na Interscope, que acabou por ser um disco bastante apreciado pela crítica, e que até podemos considerá-lo como quase perfeito. Mas “Meantime”, não seria a primeira grande produção deste quarteto oriundo de Nova Iorque. Com “Strap It On”, o seu disco de estreia, os Helmet ampliaram o triturar ruidoso que caracterizava os seus primeiros registos ao extrair a sua essência.
Consta que o vocalista, compositor e guitarrista principal do grupo, Page Hamilton, tinha rigorosos processos na composição da canções, mas temas como “Repetition” e “Distracted” foram construídas a partir de pouco mais do que letras simplesmente berradas, alguns “riffs” verdadeiramente defraudantes e um solo de guitarra totalmente discordante. Mas a sua simplicidade era única, e que o baixista Henry Bogdan e o baterista John Stanier (actualmente nos Battles) ajudaram a intensificar com uma combinação de frugalidade e força bruta.
Apesar de a banda posteriormente se ter tornado mais “funky” no álbum “Betty” de 1994 e de ter assimilado os benefícios de uma melhor produção, nunca mais se aproximaram da fórmula aqui aperfeiçoada.

28 maio 2007

Battles – “Mirrored” (2007 Warp)

Finalmente chegou “fisicamente” este primeiro disco para a Warp deste grupo de Nova Iorque, que inclui ex-membros dos Don Caballero, Helmet, Tomahawk e Lynx.
Excitante, deslumbrante, imprevisível, e carregado de ideias novas, “Mirrored” é um disco único. O grupo não tem receio de forçar os limites sonoros independentemente do risco de alienar alguns dos seus antigos fãs.
Com “Mirrored”, criaram um grande disco. E em relação aos trabalhos anteriores, ainda expandiram mais a sua música ao adicionar vozes e refrãos mais “pop”. O tema de abertura “Race:In” é o exemplo perfeito desta mudança no som dos Battles, onde as vocalizações assumem o destaque. Não são as letras, são as vozes, muitas vezes tão desenquadradas que não se percebe o que se pretende dizer.
O grupo pode ser facilmente comparável com os géneros de “math rock” e electrónica, no entanto não se prendem a estas referências, e são capazes de surpreender com canções dançáveis como “Leyendecker”, ou dragar aquele “beat” contínuo e poderoso baixo, nada previsível, como no single “Atlas”.
O futuro do rock passará por aqui.