Como declaração de intenção, “The Drowners” pode ser questionável. Combinando a encardida profanidade de uns The Smiths com o acanhado histrionismo do melhor “glam”, o “single” de estreia dos Suede teve um impacto absolutamente intencional. Muito disso deveu-se às brutalmente excelentes linhas de guitarra do jovem Bernard Butler. Mas as letras também foram “construídas” com o propósito de chamar a atenção de quantos mais possíveis, em conformidade com a confessas intenções de Brett Anderson de fazer canções “rock” menos abertamente heterossexuais. Assim esta pode ser visualizada de duas perspectivas diferentes: a do sexo feminino a falar do seu amante, e a ideia de incesto homossexual que transparece do primeiro verso. Essencialmente aqui retratam-se duas pessoas que estão drogadas no sexo e na paixão, em intensas emoções humanas.
Através da reapropriação dos clássicos com uma abrasadora auto-confiança e investindo em cada segundo uma sexualidade ameaçadora, “The Drowners” respectivamente prefigurou os Blur, os Oasis e os Pulp no assalto ao “Britpop”, e apesar de apenas ter atingido o número 49 em Maio de 1992, mudou a forma como as bandas britânicas abordavam o “pop”, sugerindo que os anos 90 poderiam ser uma década musical tão vibrante como qualquer outra.
Através da reapropriação dos clássicos com uma abrasadora auto-confiança e investindo em cada segundo uma sexualidade ameaçadora, “The Drowners” respectivamente prefigurou os Blur, os Oasis e os Pulp no assalto ao “Britpop”, e apesar de apenas ter atingido o número 49 em Maio de 1992, mudou a forma como as bandas britânicas abordavam o “pop”, sugerindo que os anos 90 poderiam ser uma década musical tão vibrante como qualquer outra.
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