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17 agosto 2009

Lindstrom and Prins Thomas – “II” (2009 Eskimo)

Mais um desconcertante fascículo na história do duo norueguês.
Eles que no intervalo entre o seu disco de estreia e este novo registo estiveram bastante activos. Lindstrom, editou no ano passado, o muito discutido “Where Tou Go I Go Too”, onde pareceu veemente entusiasmado em se expandir sonoramente, enquanto Prins Thomas realizou inúmeras remisturas, e é evidente que o trabalho a solo de ambos inspira as estéticas que trazem para a sua colaboração.
Apresentam-nos um disco inovador e estimulante, que através da sua caracteristicamente resplendorosa produção, sinaliza uma ambiciosa trajectória deliberada que os afasta da electrónica excessivamente processada através do uso de mais “live elements” no estúdio, que lhe dá uma sensação mais orgânica, e ao mesmo tempo afastam-se da essência inorgânica do “disco” e da possibilidade de algum aborrecimento dai resultante.
Como resultado temos uma singular e altamente trabalhada reconstrução do “krautrock” com o “disco”, mas onde surgem explorações por outros movimentos do “rock underground” das ultimas décadas, apesar das influências mais obvias serem inspiradas no trabalho de Manuel Göttsching, dos Neu! ou dos Tangerine Dream, mas também em Giorgio Moroder.
Audições repetitivas revelam novos pormenores de um disco onde nos podemos perder confortavelmente em momentos mágicos como no “krautrock” inspirado de “Rothaus”, nas plangentes linhas de piano presentes em “For Ett Slikk Og Ingentino”, ou nas cimeiras secção de cordas de “Rett Pa”.
Uma verdadeira demonstração de que duas cabeças podem ser melhores do que uma.
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04 setembro 2007

Mudd – “Claremont 56” (2007 Rong)

O verão merece discos assim. E este disco (que é tão criativo que se torna difícil de catalogar), acompanhou-me no último mês em diversas viagens, e devido à sua refrescante beleza rítmica, ajudou-me a esquecer o pouco sol que temos tido.
Trata-se de um projecto de Paul N. Murphy (este dos Akwaaba e não o dos Soul Drummers), onde a diversidade de influências são evidentes (soul, funk, disco e house), e acabam por enriquecer o disco.
E ao contrário de muita música que actualmente surge em compilações “ambient”/“chill-out”, esta é música electrónica quente e melódica, tratam-se de canções com alma (ouçam “Mount Pleasant Lane”).
Como destaques, ouçam ainda o ambiente refrescante de “C40”, o ritmo funky disco de “Drop Lane”, e o magnífico e irresistível exercício que é “54B”.
Reminiscente do som “nu-disco” que caracterizou o disco de estreia de Lindstrom & Prins Thomas, também podemos classificar as sonoridades de “balearic”, e talvez sejam mesmo essas sonoridades ambientais que me atraem neste disco, ideal para uma “late-night-session” até amanhecer.