Mostrar mensagens com a etiqueta John Lennon. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta John Lennon. Mostrar todas as mensagens

24 novembro 2010

Singles # 25 - Oasis – “Live Forever” (1994 Creation)

Na tarde do dia 9 de Abril de 1993, Noel Gallagher estava em casa quando o telefone tocou. Do outro lado estava Alan McGee. Ele assinou os Oasis depois de ouvir quatro “demos” – uma delas era “Live Forever”.
Sem grande surpresa, “Live Forever” tem as suas raízes noutra canção, Em Outubro de 1991 “Shine On Me” dos Rolling Stones, o seu refrão tem exactamente a mesma melodia que as linhas de abertura dessa canção, e que impulsionou Noel para escrever a primeira música que ele acreditava sinceramente poder ser um futuro clássico.
18 meses depois McGee e a banda estavam de acordo que a canção merecia ser o ser primeiro Top Ten. E se bem que “Supersonic” e “Shakermaker” já tinham construído o perfil da banda, “Live Forever” já constava do reportório dos seus concertos e rapidamente ganhou reputação mediante o aumento do estatuto da banda
Uma espécie de manifesto – apresentando o carácter da banda e estabelecendo tanto de onde eles vieram e ao que estavam a reagir.
Simultaneamente forjaram uma ruptura com a era “grunge” e acenaram à experiencias “acid house” de Noel: : “You and I are gonna live forever”, poderia ter saído da boca de qualquer “clubber” do final dos nos 80.
Em Agosto de 1994, “Live Forever” envolto numa capa que mostrava a casa onde John Lennon passou a sua infância, voou para o Top Ten, e as ultimas dúvidas sobre os méritos musicais dos Oasis (um pouco ocluída nessa altura pelo muito gin, coca e lutas) desapareceram.
_

24 março 2010

Classic # 26 - Big Star – “# 1 Record” (1972 Ardent)

Em 1972, as canções “rock” relevantes deviam supostamente incluir complicadas progressões musicais, letras introspectivas e uma aparente tendência progressista. Canções agradáveis e concisas acerca de “boys and girls and cars”, eram uma traição para as sempre futuristas tendências do “rock”. Mas no seu disco de estreia, dois miúdos inteligentes de Memphis, Alex Chilton e Chris Bell, mostraram-nos como podiam combinar a delicadeza do “british pop” de uns Beatles, com o “american rock”, e ainda juntar pedaços de “garage-soul”, ajustado a um profundamente pessoal e frequentemente revelador universo lírico.
Eles eram uma verdadeira versão americana de Lennon e McCartney, e se não inventaram o “power pop”, forneceram a mina de ouro que serviu de inspiração a gente como R.E.M., Teenage Fanclub, The Replacements, Elliot Smith, The Posies, entre muitos outros.
“#1 Record”, com uma vibrante e cintilante produção de John Fry, adquire apropriadas e distintas reviravoltas, umas atrás de outras, através das cuidadosamente idealizadas canções e da formosa reciprocidade entre as guitarras acústicas e eléctricas e as vocalizações repartidas, seja na “auto-afirmativa “Ballad Of El Goodo”, no turbilhão “pop” de “My Life Is Right”, na magnificente “Thirteen”, na impetuosa “When My Baby’s Beside Me” ou na ondulante “Feel”.
Alguns responsabilizaram Bell (o McCartney), que abandonou após este disco, pelo excessivamente acústico e melancólico segundo lado, mas quer ele quer Chilton (o Lennon) iriam atingir aqui estados de espírito distintos, e beneficiaram dos alternados entusiasmos e suspiros nas suas letras e vocalizações. E por isso “#1 Record” é praticamente perfeito.
Os Big Star eram obviamente e excessivamente “Sixties” – ele estavam demasiadamente feridos para as ideias revolucionárias do “rock” e eram suficientemente sensatos para saber que “boys, gals and the gang” iriam sempre durar muito mais que qualquer tendência.
_

26 setembro 2008

Covers # 6

Os Ash foram uma banda que nunca conseguiu convencer completamente cá na casa, no entanto tenho alguns dos singles que editaram basicamente pelas numerosas versões que realizaram, algumas delas verdadeiramente surreais, como esta:


ou esta, aproveitando o facto de eles estarem na moda, outra vez:



Nas Peel Sessions, muitas bandas realizam versões como forma de tributo a outras que de alguma forma as marcaram, sonoramente ou inspiracionalmente. Nesta realizada em 2002, parece-me que será o segundo caso.



E a proposito do recente post sobre o Josef K, os autores de "Duel" (ainda alguém se lembra), demonstraram aqui muito bom gosto:

Propaganda - Sorry For Laughing (Josef K)