31 dezembro 2010

Best of 2010

Top 40

Uns dias de férias permitiram uma escuta reforçada das últimas aquisições, e após muita “reflexão”, anexo a sempre polémica lista dos melhores do ano. Como é usual está por “grupos”, para ser mais democrático

Top 3
Deerhunter – “Halcyon Digest” (2010 4AD)
Foals – “Total Life Forever” (2010 Transgressive)
The Black Keys – “Brothers” (2010 V2)

Top 10
Beach House – “Teen Dream” (Sub Pop)
Caribou – “Swin” (Merge/ City Slang)
Four Tet – “There Is Love In You” (Domino)
Midlake – “The Courage Of Others” (Bella Union)
The National – “High Violet” (4AD)
The Soft Pack – “The Soft Pack” (2010 Kemado)
Walls – “Walls” (Kompakt)

Top 40
Actress – “Splazsh” (Honest Jon’s)
Arcade Fire – “The Suburbs” (Merge)
Ariel Pink’s Haunted Graffitti – “Before Today” (4AD)
Barn Owl – “Ancestral Star” (Thrill Jockey)
Edwyn Collins – “Losing Sleep” (Heavenly)
Efterklang – “Magic Chairs” (4AD)
Field Music – “Field Music” (Memphis Industries)
Gil Scott-Heron – “I’m New Here” (XL)
John Grant – “Queen Of Denmark” (Bella Union)
Mark McGuire – “Living With Yourself” (Mego)
Matthew Dear – “Black City” (Ghostly International)
Matthew Herbert – “One One” (Accidental)
No Age – “Everything In Between” (Sub Pop)
Peter Broderick – “How They Are (Bella Union)
Phantogram – “Eyelid Movies (Barsuk)
Rangda – “False Flag” (Drag City)
Richard Skelton – “Landings” (Type)
Sleigh Bells – “Treats” (Mom & Pop)
Spoon – “Transference” (2010 Merge)
Swans – “My Father Will Guide Me Up A Rope To The Sky” (Young God)
Tame Impala – “Innerspeaker” (Modular)
Teenage Fanclub – “Shadows” (PeMa)
The Album Leaf - “A Chorus of Storytellers” (2010 Sub Pop)
The Besnard Lakes - “The Besnard Lakes Are the Roaring Night” (2010 Jagjaguwar)
The Phantom Band – “The Wants” (Chemikal underground)
The Walkmen – “Lisbon” (Fat Possum)
Trentemoller – “Into The Great Wide Yonder” (2010 In My Room)
Vampire Weekend - “Contra” (2010 XL)
Wavves – “King Of The Beach” (2010 Fat Possum)
Women – “Public Strain” (2010 Jagjaguwar)

21 dezembro 2010

Canções de Natal IV


Eels -"Everything's Gonna Be Cool This Christmas" (1998 do 7" "Cancer For The Cure")

Hawksley Workman - "Merry Christmas (I Love You)" (2001 do álbum "Almost a Full Moon")

Julian Casablancas - "I Wish It Was Christmas Today" (2009 do 7''Homónimo)

Morphine - "Sexy Christmas Baby Mine" (single de 1993 - retirado do "Best Of")

Saint Etienne -"21st Century Christmas" (2006 do CD "Xmas 2006" (fan club)

The Fall - "Jingle Bell Rock" (1994 retirado de "The Complete Peel Sessions")

The Wedding Present -"White Christmas" (2008 da compilação "How The West Was Won")

Yo La Tengo - "Rock'n'Roll Santa" (2002 do EP "Merry Christmas From Yo La Tengo")

09 dezembro 2010

Deerhunter – “Halcyon Digest” (2010 4AD)

Bradford Cox, desde sempre se aventurou regularmente em direcções musicais completamente novas, mas sempre conseguiu ficar completamente consistente, sonoramente reconhecível e sempre demonstrou uma notável capacidade de criar fantásticas canções “pop”.
Divido entre as jornadas propulsoras dos Deerhunter e o docemente sonhador “rock” do seu projecto solo Atlas Sound, as suas ideias continuam a surpreender.
O último dos Deerhunter, será provavelmente menos imediato do que a anterior obra-prima, “Microcastle/Weird Era Cont”, mas “Halcyon Digest” é uma colecção de incrivelmente belas e contagiantes canções “pop”, onde Bradford Cox engloba o núcleo do seu som e todas as suas influências (o ameaçador “psicadelismo”, os “funky drones”, os sonoros congelamentos da mente, e elegante “pop-buzz”) através de sonoridades irregulares e atmosféricas de forma a atingir uma apoteose nesta oferta nebulosa, mas feliz.
Desde o simplista “Earthquake”, com o seu penoso andamento, que desperta o ouvinte para um unificado registo recheados de notáveis momentos estéticos, onde se incluem o saltitante “Don’t Cry, o encantador “Revival”, a florescente excelência de “Sailing”, o estridente “fuzz-pop” de “Memory Boy”, a espiral de linhas de guitarra do melado "Desire Lines", o emproado e surpreendente saxofone presente em "Coronado", o “noise-pop” crocante do mais experimental "Helicopter", até chegarmos aos longos arpejos de fascinantemente amargurada “He Would Have Laughed”, atingimos um universo mágico recheado de histórias honestas e singulares, e onde distintos sons animam estruturas “pop”, em outra obra brilhante na impressionante carreira Cox's. E eu só posso vê-los ficar melhor.
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