
Criam versões de músicas soul, r&b e rock’n’roll dos anos 50 e 60 (pois são de Detroit), misturando os habituais clássicos com tesouros perdidos, mas transformando-as em exercícios garage-rock/ garage-soul.
“Life, Love & Leaving” (2001 Sympathy for the Record Industry) era esplêndido, quer ao nível conceptual, quer ao nível musical.
Este “Tied & True” (que conta com a contribuição de Greg Cartwright dos Reigning Sound) talvez não seja tão conseguido, no entanto destaques como as versões de “Nothing but a Heartache” (The Flirtations) e “I Wanna Know What’s Going On” (Art Neville), são do melhor que já fizeram.
Em canções como “You’ll Never Change” (Betty Lavett) ou “Puppet On a String” (Gino Washington) aventuram-se em territórios mais sombrios do que a banda alguma vez explorou.
A distinta voz, frágil “femme fatale” de Rachel Nagy é uma mais-valia. Como exemplo, a forma como transformam a versão de “Leave My Kitten Alone” de Little Willie John, que adquire um significado totalmente novo na voz “nicotinada”de Nagy. Em vez do típico cenário do homem que defende a sua dama, esta versão reforma os sexos e as sexualidades, sugerindo uma nova e mais volátil interpretação.
No catálogo da banda, “Tied & True” é outro capítulo na arte de “Be Cool”.