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24 julho 2008

Rock # 4 - The Gories – “I Know You Fine, But How You Doin’” (1990 New Rose/Crypt)

Esta banda liderada por Mick Collins, o padrinho do “garage-rock” de Detroit, é considerada, actualmente, como uma das mais influentes, por todos os grupo que revitalizaram essa sonoridade, já neste século. Para além disso, foram provavelmente uma das melhores.
Neste disco, curiosamente produzido por Alex Chilton, é captura toda a essência e arrogância do génio de Collins. Produziam um som brutal e rude, que destrói os conceitos básicos de “rock”, “soul”, “r&b”, “60’s punk”, apoiados na voz poderosa de Collins, suficiente transtornada para ser simultaneamente obscena e emotiva, e pela minimalista mistura explosiva de “garage” e “blues”. Este disco inclui duas fabulosas canções: “Thunderbird ESQ” e “Nitroglycerine” - esta última relembrando os The Sonics, lírica e sonoramente. Sem eles, os White Stripes nunca existiriam. Conflitos internos iriam acabar com a banda, mas Collins prosseguiu a sua cruzada com os The Dirtbombs, que editaram o seu último disco já este ano.
“This is Rock and Roll”.

16 julho 2008

DVD # 3 - White Stripes - “Under Blackpool Lights” (2004 XL)

Esqueçam todas as opiniões e ideias que se possam fazer sobre a importância dos White Stripes, e do facto de terem ou não revolucionado o “garage-rock-blues”. Aqui somente nos vamos centrar neste concerto.
Filmado nos formatos Super 8 e 16mm, com as suas imperfeitas imagens cheias de grãos, e para assim reforçar o objectivo de proporcionar uma magnifica perspectiva intemporal de se capturar a emoção e sentimento (para além das qualidades anti-tecnológicas, evidentes na edição do próprio concerto) de ver uma das melhores bandas contemporâneas ao vivo.
É um documento em bruto, despojado e extremamente genuíno dos White Stripes ao vivo, e que demonstra que não existe mais nada a afirmar, somente a sua idiossincrasia e esplendor.
Pois nesta fria noite de Janeiro, na soturna cidade costeira do noroeste de Inglaterra, realizaram uma fantástica e electrizante performance minimalista, demonstrando que é quando tocam ao vivo onde eles desabrocham mais energia e paixão, e todo o fundamento das raízes da sua música.
A forma de Jack White tocar guitarra é hipnotizadora, como se estive possuído, chegando a relembrar Jimi Hendrix. E Meg White toca bateria descalça, com o seu ar infantil, mas gerando um louco e trovejante barulho, numa forma simplesmente única de tocar a mesma.
Quando Jack White grita o tema de Leadbelly, “Take a Whiff On Me, Death Letter”, temos a melhor descrição desta actuação arrebatadoramente entre o absoluto caos e o sublime. E conseguem atingir o brilhantismo nas terríveis interpretações de “Black Math”, “Truth Doesn't Make A Noise”, “Hotel Yorba” e “Seven Nation Army”.
O facto de incluir muitas canções dos primeiros discos, e não se focaram excessivamente em “Elephant” (na altura o seu ultimo disco), torna-se ainda mais atractivo.

11 dezembro 2007

Rock # 2 - The Sonics - “Here Are The Sonics!!!” (1965 Etiquette/Norton)

Se muitas das bandas de “garage-rock” dos anos 60, tendiam a soar similares, o som dos The Sonics era totalmente diferente.
Criaram um som novo, intenso, selvagem, através de composições básicas, e ao combinarem os gritos histéricos de Gerry Roslie, o som forte das enérgicas guitarras de Larry Parypa, da intensa e violenta bateria de Bob Bennett, em conjunto com uma produção intencionalmente tosca, com uma rudimentar qualidade sonora. Era puro e genuíno “rock’n’roll”.
Para a história deixaram-nos clássicos como os originais “Psycho”, “The Witch”, “Boss Hog” ou “Strychnine”, e versões insanas de clássicos de R&B.
A introdução de “The Witch”, com o seu característico órgão, é uma referência do movimento “garage-rock”. E “Psycho” ainda hoje continua brutal e psicótico.
Como eram originários de Tacoma, que geograficamente era próximo de Seattle, e como também era localizado no estado de Washington na zona Noroeste do Pacifico são muitas vezes referenciados como precursores do “grunge”, mas é muito mais evidente a influência que esta banda teve nos movimentos “proto-punk” e “punk”, e que ainda hoje têm em todas as “garage-bands” actuais.
Bandas como The Stooges, Ramones The Cramps, The Gories, Jon Spencer Blues Explosion ou White Stripes, devem ter escutado este disco várias vezes.

Editaram ainda “Boom” (1966 Etiquette), que apesar de ser um disco interessante e de ter tido um inesperado relativo sucesso comercial, já não é tão fascinante e não causa o mesmo impacto. Neste disco, para além de “Shot Down” e “He’s Waitin’, destaco somente uma magnífica versão de “Louie Louie”.