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23 abril 2010

Pop # 12 - Kitchens Of Distinction

“Love Is Hell” (1989) (One Little Indian)

“Strange Free World” (1990) (One Little Indian)

Este trio londrino presenteou-nos com canções apaixonantes, inteligentes, honestas, bruscas e graciosas, recheadas de extáticas e intensas emoções, através da despretensiosa poesia de Patrick Fitzgerald, que detalhavam as fraquezas e os desaires dos relacionamentos que ele observava. A homosexualidade de Fitzgerald significa que as letras não se refugiavam na tradicional história “rapaz encontra rapariga”, mas ainda assim ressonavam com empatia, ternura e sensibilidade. Ao contrário de bandas como os Echo And The Bunnymen ou os The Chameleons, que tinham os seus incentivos nas trevas, os KOD usavam dinâmicas mais electrizantes como ponto de partida. Estas estavam assentes na fogosa voz e nas brilhantemente confessionais letras de Fitzgerald, na aterradora e voluta guitarra de Julian Swales, que produzia uma assombrosa quantidade de extraordinários sons gerados via uma extensa utilização de efeitos e na pulsante bateria de Dan Goodwin, que adicionava uma verdadeira musculatura e simultaneamente sustentava a estrutura das canções. Foram aglomerados na pletora de bandas “shoegazing”/”dream –pop” juntamente com os recém chegados Slowdive e Chapterhouse, o que trouxe comparações injustas e pouco sensatas, pois a sua música possuía muito mais alma, variedade e emoções genuínas (aquele turbilhão de guitarras de certo modo relembra uma música psicadélica bem enraizada). Tudo isto é extremamente visível nos seus dois primeiros álbuns. O brilhante “Love Is Hell” (1989), que inclui as indolentes rajadas de guitarra presentes em “In A Cave”, a efémera guitarra de “Time To Groan”, a simplesmente fabulosa “Prize”, e a eufórica “The 3rd Time We Opened The Capsule”. Evoluíram para algo verdadeiramente transcendente em “Strange Free World” (1990), que inclui a esplendorosa “Railwayed”, a poderosa “He Holds Her, He Needs Her”, a impiedosamente frenética “Drive That Fast” e a sublime “Quick As Rainbows”. Uma banda lamentavelmente esquecida, que nunca teve o reconhecimento que mereciam (provavelmente devido ao nome desajeitado, provavelmente devido pela obvia homosexualidade que assustou e afastou muitas pessoas), mas cuja dor era definitivamente o nosso prazer.
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Kitchens Of Distinction - The 3rd Time We Opened The Capsule
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Kitchens Of Distinction - Railwayed

28 setembro 2009

Covers # 11 - Jon Auer - “6 1/2” (2001 Pattern 25)

Fico sempre desconfiado com os supostos discos de “versões”, pois na maioria das vezes, nem sempre conseguem entender, nem igualar a intenção das mesmas, e ficam muitas aquém das expectativas criadas. Felizmente neste caso, a mestria como Jon Auer reinventa radicalmente os originais, apropriando-se dos mesmos e moldando-os ao seu estilo faz o disco funcionar na perfeição.
Não sei se na altura da sua edição, este disco funcionou como uma resposta ao excelente disco a solo – “Touched” - que Ken Springfellow editou no mesmo ano, mas o outro Posie apresentou-nos esta pequena maravilha de seis versões e meia (daí o titulo). Pois para além do exercício experimental que é o tributo a “Bonnie & Clyde” de Serge Gainsbourg, temos versões dos The Chameleons, dos Swervedriver, dos Ween, dos Hüsker Dü, dos Psychedelic Furs, e até de Madonna. E se a escolha dos temas é fantástica, os resultados são surpreendentes. As canções contêm o característico estilo rancoroso de Auer e evocam o “pop” delicioso que caracterizava os The Posies.
E realmente o único pecado deste disco é ser tão pequeno.
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31 agosto 2009

Covers # 10

Mais uma ronda pela prateleira à procura de versões, e esta é uma edição especial dedicada a Mr. David Robert Hayward-Jones.

As edições remasterizadas muitas vezes trazem alguns bonus interessantes, como esta:

The Chameleons - John, I'm Only Dancing (David Bowie)


Esta também veio como bonus no primeiro disco dos Associates:

Associates - Boys Keep Swinging (David Bowie)


E o grande e infelizmente já desaparecido Billy Mackenzie brindou-nos com este versão num dos seus discos a solo:

Billy Mackenzie - Wild Is The Wind (David Bowie)


Finalmente um total descontrução de uma das suas musicas mais famosamente comerciais:

M. Ward - Let's Dance (David Bowie)