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12 junho 2007

Lanu – “This Is My Home” (2007 Tru Thoughts)

O disco de estreia a solo de Lance Ferguson dos The Bamboos, é uma maravilhosa surpresa, que vem revelar mais um talento que surge da Nova Zelândia, a juntar aos fantásticos Fat Freddy’s Drop ou a Mark Clive-Lowe.
Nota-se um distinto afastamento do som mais “deep-funk” do Bamboos, e uma produção mais intuitiva e sensível.
Assimilando e incorporando diversas influências globais, criou uma notável mistura de “neo-soul”, “nu-jazz”, electrónica, hip-hop e “funk”, que proporcionam uma fascinante viagem, com ritmos e texturas complexas, que relembram o trabalho de outros pioneiros como Roy Ayers, 4 Hero ou Fela Kuti.
Os teclados “electro-funk” Rhodes/Moog em “Dis-Information”, as influências afro-beat de “Mother Earth” (com a colaboração de Quantic), ou o “swing” brasileiro de “Shine” são um excelente exemplo.
Um disco versátil e profundo, com qualidade do início ao fim do disco, que se distingue de tantos projectos de fusão medianos que aparecem hoje em dia.

09 fevereiro 2007

4 Hero - Play With The Changes (2007 Raw Canvas)

Este disco não pode passar a lado…
Não é tão inovador como trabalhos anteriores (já não será necessário), mas mantém os mesmos padrões de qualidade, que os 4 Hero nos habituaram, seguindo a sofisticada trajectória musical que caracteriza o seu som.
É mais um disco onde a dualidade das influências entre o tecno underground e a soul clássica, faz da música uma experiência única, uma síntese do passado e futuro.
Estamos perante um disco complexo, mas rico em texturas musicais. Os frágeis “beats” fundem-se com divagações orquestrais. Os arranjos de cordas misturam-se com uma electrónica desajustada. Conta com um lote de vocalistas de superior qualidade, como seria de esperar, incluindo Carina Anderson (que tinha participado no fantástico “Les Fleur”), a poetisa Ursula Rucker, a lendária Jody Watley (ex-Shalamar), e a participação especial dessa lenda do “jazz-funk” que é Larry Mizell (trabalhou com os Jackson 5 e Marvin Gaye, entre outros).
O amor pela música negra e pela inovação tecnológica, resulta nesta alquimia que nos trouxe discos que são marcos na história da música de dança. Desde o lançamento do clássico “rave” “Mr Kirk´s Nightmare”, passando pela criação da Reinforced Records, pioneira do “drum& bass” , responsável pelo lançamento de Goldie, Doc Scott, Photek, e pelos trabalhos de remistura realizados (recomenda-se a remistura para “Black Gold Of the Sun” dos Nu Yorican Soul). Isto para nem referir o seus álbuns “Parallel Universe” (94), “Two Pages” (98) e “Creating Patterns" (2001).
A sua música sempre teve um significado muito mais importante do que a pista de dança.
No conjunto um grande disco, refrescante e positivo.