29 abril 2008

Compilação # 1 “Artificial Intelligence” (1992 Warp)

Apesar de John Cale ter popularizado o termo “Artificial Intelligence” no seu álbum de 1985, seria esta compilação da editora Warp a responsável (pelo menos para mim) pelo ressurgimento da música electrónica como uma experiência musical audível, ou se preferirem música de dança para se “escutar”. Iriam rotula-la de IDM – Intelligent Dance Music).
Rob Mitchell e Steve Beckett, fundadores da Warp, andavam atentos e descobriram que existiam muitos projectos musicais de dimensão similares, e decidiram criar um espaço onde pudessem conviver.
É certo que já tinham existido as experiências anteriores dos KLF ou The Orb que criaram um primeiro género de “ambiente house”, e que os artistas aqui presentes foram sem dúvida influenciados pelos Tangerine Dream ou Kraftwerk, mas souberam pegar em todas essas influências e expandiram-nas para criar algo verdadeiramente único.
Apesar das contribuições de muitos dos projectos aqui presentes (maioritariamente sobre a forma de pseudónimos), não serem tão interessantes como os seus trabalhos posteriores, seria desta forma que muitas pessoas iriam contactar pela primeira vez com nomes como Aphex Twin (como Dice Man), B12 (como Musicology), Black Dog (como I.A.O.) ou Autechre. E felizmente todos rapidamente iriam aprender a explorar e potenciar este novo espaço musical através de álbuns notáveis para a Warp.
Independentemente disso, muita da música aqui contida ainda hoje soa moderna e inovadora, especialmente os temas dos Autechre (“Crystal” e “The Egg”), dos I.A.O. (“The Clan”), e o esquecido “Spiritual High” dos UP! (mais uma maravilha criado pelo génio de Richie Hawtin).
Um pedaço de história.

28 abril 2008

Warp Records - Três “bleeps” com coragem

LFO - "LFO" - 12" (1990 Warp)

O som do “techno” britânico atingindo o estrelato, após os primeiros movimentos dos Unique 3 ou Nexus 21. Um estrondo minimal amontoa as “Low Frequency Oscillation” arrepiantes linhas de baixo em direcção a um importuno e falso motivo do sintetizador, e uma “ciber-voz” verdadeiramente atirada.


Nightmares on Wax - “Aftermath” 12” (1990 Warp)

Desorganização sensorial da maior grandeza para este duo, que inventou um novo género e que o matou no espaço de um “single”.
O que parece como um resultado de uma explosão nuclear fechada dentro de um ritmo, e polido com o perturbador refrão: “There’s something going round inside my head…”

Polygon Window - “Quoth” 12” (1993 Warp)

Retirado do álbum “Surfing On Sine Waves”, isto é “techno” tribal agressivo tocado por uma orquestra de flautas de metal e barris de plástico, progredindo num frenesim rítmico.
A experimentação com “samplers” no seu limite. Ou se preferirmos a aplicação da presciência.

24 abril 2008

Editoras # 1 – Warp Records

Na ressaca da explosão da música electrónica, nos fins dos anos 80, proliferavam pequenas editoras, que proporcionavam a divulgação de inúmeros tecnocratas “caseiros”.
As tabelas de vendas “indie”, no final dos anos 80/ princípios dos anos 90, eram regularmente animadas por discos de música electrónica, editados em obscuras editoras, que muitas vezes nem se aguentavam o suficiente para editar os seguintes.
Em Londres muitas pequenas editoras sobreviveram como servientes dos DJ’s da moda. Mas seria em Sheffield que iria acontecer uma verdadeira lição de sucesso na história das editoras britânicas independentes.
Steve Beckett e Rob Mitchell, já se conheciam e quando a loja de discos onde Beckett trabalhava fechou, decidiram abrir no mesmo espaço, uma distribuidora de música electrónica e música “indie” baptizada Warp Records.
Ao serem inundados com inúmeras cassetes e “white labels” de músicos locais, decidiram juntar algum dinheiro e criar uma editora com o mesmo nome.
A estreia aconteceu com “Track With No Name” dos The Forgemasters, numa edição de 500 exemplares. Esse disco, uma aventura do produtor Rob Gordon, e a segunda edição da Warp, Nightmares on Wax – “Dextrous”, tiveram algum sucesso. Como iriam ter LFO – “LFO”, Tricky Disco – “Tricky Disco” e Nightmares on Wax – “Aftermath”, que entraram no Top 20.
Nessa altura, a música da Warp diferenciava-se de tendências da altura como o “Balearic” ou a “Italian House”, e excepto caso se tivessem acesso aos intrujantes trabalhos do mestre Derrick May, os primeiros discos da Warp soavam como se estivéssemos a digitar um telefone por cima de um disco “dub”. No entanto esses sons puros e o aterrorizador baixo acabaram por ser um grande sucesso.
O facto de terem aparecido tantos músicos influenciados pela música electrónica em Sheffield, não foi nenhuma feliz coincidência. Pois precursores como os Cabaret Voltaire (cujo membro Richard H. Kirk era metade dos Sweet Exorcist) e os The Human League, eram ambos originários de Sheffield.
Provavelmente o fracasso do primeiro álbum, o conceptual “Clonk’s Coming” dos Sweet Exorcist, fez com que se afastassem dos caprichos da pista de dança, para abordarem projectos mais propícios aos discos de longa-duração.
Assim surgiram o magnífico e assustador “Frequencies” dos LFO vendeu muito bem quer em Inglaterra quer nos Estados Unidos. Os Nightmares on Wax editaram o alucinatório e futurista som “funk-rap” no disco de estreia “A Word Of Science”. E ainda editaram compilações de qualidade como “Pioneers Of The Hypnotic Groove” e “Artificial Intelligence”, esta última tornando-se num disco importantíssimo. Porque aparte o seu valor como um conjunto de delicadíssimas e relaxantes paisagens sonoras, “AI” foi um daqueles discos que sinalizou para onde penderia o futuro da musica electrónica.
O caminho seguiu com o que se designou de IDM – Intelligent Dance Music, ou “electronic listening music”, como prefiro, com os trabalhos de Polygon Window (ou Richard James/Aphex Twin), Black Dog, B12, FUSE (de Richie Hawtin), Wild Planet entre outros.
Como forma de evitar problemas com a indolente imprensa musical, decidiram fundar uma editora “indie guitar” ao criar a Gift, cujos primeiros artistas seriam os Newspeak, Various Vegetables, e como porta-estandartes, os gloriosos Pulp.
Passadas quase duas décadas, conseguiram provar, como a 4AD ou a Creation nos seus respectivos campos de acção, que ganharam a luta pela busca de música inventiva e de qualidade.
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Nightmares on Wax - Aftermath

21 abril 2008

American Music Club - “The Golden Age” (2008 Cooking Vinyl/Merge)

Na segunda vida dos AMC, e ao nono disco, Mark Eitzel continua a criar grandes canções.
Em “The Golden Age”a musica surge fácil e leve, flutuando ao longo de acordes com inclinações “jazz”, às vezes tensos, mas completamente espontâneos.
As canções podem parecer agradáveis e encantadoras à superfície, mas existe sempre alguma raiva escondida por debaixo.
A sua melancolia ainda é predominante, e a sua habilidade de flectir acordes glaciares a volta de pura poesia permanece vital. De facto está mais forte do que nunca.
Para cada tempestade como “The Decibels And The Little Pills”, temos uma desvirtuada, mas imaculadamente criada canção “pop” como “All The Lost Souls Welcome You To San Francisco”.
E apesar de agora residir em Los Angeles, as referências a San Francisco continuam presentes. Mas as canções que mais chamam a nossa atenção, atingem uma rede mais vasta. E se Eitzel, que tinha como sua marca, as canções autobiográficas, como “Fearless”, aqui surge mais forte ao adaptar histórias narradas pelo ponto de vista de outras pessoas, como em “The Decibels And The Little Pills”, “The Grand Duchess of San Francisco”, e mais impressionantemente em “The Dance” e “The Windows on The World”, que relembra o 11 de Setembro pelos olhos de um turista no 107º andar do World Trade Center.
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18 abril 2008

Pop # 1 - Matthew Sweet – “Girlfriend” (1991 Zoo)

Era uma vez um miúdo fanático pelos Big Star e que desde muito novo trocou correspondência com Michael Stipe e Mitch Easter, Sweet mal acabou o liceu mudou-se para Athens, na Geórgia, onde se juntou à irmã de Stipe nos Oh-OK. Cedo assinou como artista a solo por uma editora, mas os seus dois primeiros discos soavam extremamente datados.
Mas com “Girlfriend”, Sweet, deu o passo, que anteriormente faltou. Dois factores foram fundamentais para que isso se concretizasse. O primeiro resulta da inspiração proveniente do seu tumultuoso casamento e também por uma recente inundação que lhe destruiu a casa. A segunda é o sublime contributo prestado por dois veteranos guitarristas - Richard Lloyd (dos Television) e especialmente Robert Quine (dos Richard Hell & The Voidoids, e colaborador de Lou Reed ou Tom Waits, entre outros) - que aqui estão super-inspirados, verdadeiramente em “chamas” durante todas as melodiosas e harmoniosas canções
O disco está recheado de brilhantes momentos de habilidade “pop”. Canções alegres como “I’ve Been Waiting” e “Evangeline”, assim como a lamentosa “Winona” e a sombria “Divine Inspiration” soam tão emotivas, arrebatadoras e genuínas como os discos dos R.E.M. e dos Game Theory que originalmente inspiraram Sweet.
Foi um dos melhores discos de “powerpop” dos anos 90 (juntar Teenage Fanclub e Posies), e que ainda hoje permanece vibrante e estimulante.

16 abril 2008

Singles # 14 - Grandmaster Flash & The Furious Five - “The Adventures Of Grandmaster Flash On The Wheels Of Steel” (1981 Sugarhill)

Os primeiros discos verdadeiramente identificados como “hip-hop” (The Fatback Band – “King Tim III” e Sugarhill Gang – “Rapper’s Delight”) tinham sido editados dois anos antes, mas seria Grandmaster Flash que iria com este disco massificar o movimento.
Flash trouxe a arte de “djing” para outro nível de sofisticação ao introduzir técnicas como o “backspinning” e o “cutting”. Foi pioneiro no uso do “cross-fader”, ou na forma como sobrecarregava os canais do misturador com ruído.
E se por um lado, “…Wheel Of Steel” era uma colagem de discos diversos como Sugarhill Gang – “8th Wonder”, Queen – “Another One Bites The Dust”, Blondie – “Rapture”, Chic – “Good Times”, The Incredible Bongo Band – “Apache”, a banda sonora de “Flash Gordon” e até extractos de uma história infantil, que Flash gravou dos gira-discos de uma forma directa, até conseguir o som pretendido (consta que conseguiu à quinta tentativa), por outro lado, era mais do que uma colagem, era uma “cut-up” que servia de “batida” ao longo dos sete minutos do disco. Flash demonstrou que o gira-discos, poderia ser um instrumento de percussão com um alcance e uma aptidão expressiva superior à da bateria e outros instrumentos similares.
Audacioso, assertivo e agressivo como quase tudo o que surgia da orla “art-punk” de Nova Iorque, e que se mantém como a maior proeza de temeridade.
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10 abril 2008

The Ruby Suns – “Sea Lion” (2008 Sub Pop)

O segundo disco do projecto liderado por Ryan McPhun (um californiano a residir na Nova Zelândia), é provavelmente um dos mais singulares editados pela Sub Pop nos últimos anos, mas também será um dos mais fascinantes.
Difícil de categorizar, apesar de ser essencialmente um disco “pop”, a engenhosa mistura de psicadelismo, “world music” e “rock”, dão-lhe um som globalizante e policromático.
As guitarras são a base das composições, mas a presença de instrumentos menos usuais como “ukulele” e “djembe”, e a utilização de outros sons pouco familiares (como acessórios domésticos e gravações de animais no seu habitat natural), conferem-lhe um charme distinto. Sendo tão reminiscente do “sunshine pop” dos The Beach Boys, como das variações dos Animal Collective.
Os sons quentes, apoiados numa delicada percussão, e com as letras a abordarem o meio ambiente e as culturas indígenas, “Sea Lion” é a evocação de um mundo de delicada beleza.
Uma das canções do disco parece dar o mote - “Adventure Tour” – pois é um percurso através de Africa, Polinésia, América Latina, e pelas diversas regiões da Nova Zelândia.
Destaco “Oh, Mojave”, “These Are Birds”, “Kenya Dig It?” e “Tane Mahuta” (totalmente cantada em Maori).
Arrebatador, evocativo e extraordinariamente belo, é ideal para se ouvir ao pôr do sol, agora que o verão se aproxima.

08 abril 2008

Classic # 14 - The Stone Roses – “The Stone Roses” (1989 Silvertone)

“Sgt. Pepper…”, “Dark Side of The Moon” “Never Mind the Bollocks”, cada geração tem os seus álbuns de culto, que muitas vezes determinam modas e comportamentos. Para quem tinha entre 15 e 25 anos em 1989, “The Stone Roses” foi um deles.
Curiosamente e ao contrário, dos referidos discos, no inicio teve pouca ressonância cultural, politica e comercial. Apareceu do nada, indiferente, e foi através da sua divulgação pela rádio, que vincou a sua magnifica mistura de “indie-pop” e psicadelismo que grupos como os Primal Scream já andavam a tentar produzir sem sucesso.
O disco não é particularmente revolucionário, só que continha um inesperado conjunto de superlativas canções “pop”, brilhantemente tocadas por quatro desinteressantes rapazes oriundos de Manchester.
Sempre que regresso a este disco é admirável como quer as canções, a performance e a produção (cortesia do veterano John Leckie), resistiram ao passar dos anos. E que a atmosfera de mistério e melancolia inicial ainda permanece sem diminuição.
Desde os primeiros acordes de “I Wanna Be Adored”, onde o crescente baixo de Mani, é adicionado ao brilhante, extremamente retardado e descendente “riff” de John Squire, existe uma sensação totalmente do outro mundo.
No “riff” circular de “Waterfall” – e no seu reflexo retrógrado “Dont’ Stop” – o convite para desligarmos a mente e relaxar, é descaradamente reminiscente dos Beatles. A “pop” firmemente “ferida” de “She Bangs The Drums”, “Made Of Stone” e “(Song For My) Sugar Spun Sister” relembra a “pop” psicadélico dos Byrds.
Ian Brown não é um grande cantor, mas a sua ansiosa e melancólica voz tem um efeito monotonamente volátil. A guitarra de John Squire é inspiradora e sincopada, e cria a alquimia perfeita com a leve e fluida bateria de Reni, e o ágil e vivo baixo de Mani. É uma terapia musical que culmina no extenso e sibilante “I Am the Resurrection” – o tema que encerra o disco e completa o consciencioso ciclo iniciado em “I Wanna Be Adored”.
“The Stone Roses” deu o tom para a música rock dos anos 90.

04 abril 2008

Erykah Badu – “New Amerykah Part One (4th World War)” (2008 Motown)

O título do quarto disco de Erykah Badu já indiciava o que deveríamos esperar.
Ambicioso e alienado, é um regresso em força, que ultrapassará todas as ideias e convenções que no passado definiram o chamado “neo-soul”. Pois é um regresso ao genuíno e corajoso “soul” que associamos a artistas como Marvin Gaye, Curtis Mayfield ou Stevie Wonder. Apenas posso acrescentar na actualidade a música realizada por pessoas como Common, Bilal e The Roots.
As suas mensagens surgem quer através de poesia dissimulada, quer através de directos e objectivos comentários, com apimentadas referências sobre política, a sua vida privada, e o estado actual da música “soul” e “hip-hop”, excelentemente difundidos através dos espectaculares acompanhamentos musicais.
Apesar da multiplicidade de produtores que colaboram no disco, este é sempre muito consistente.
Desse grupo de colaboradores que participam no disco, destaca-se a presença do veterano Roy Ayers e do mágico Madlib. Ayers colabora no maravilhosamente bizarro “Amerykahn Promise”, um tributo ao movimento “blaxploitation” dos anos 70. Já Madlib introduz uma ondulação ameaçadora ao atmosférico hino “The Healer (Hip Hop)”, uma tentativa de autobiografia pessoal, onde Badu canta com uma graciosidade e entrega única, mas sempre com um agradável humor. Madlib ainda contribui no jovial “My People”.
Curiosamente a faixa bónus do disco - “Honey” – é também o primeiro single retirado do mesmo. E a sua inclusão como bónus até parece lógica, pois apesar de ser uma excelente canção, não encaixa no contexto do disco.
É certamente o disco menos acessível que Badu já realizou, mas a sua considerável profundidade e solidez, convida-nos a investirmos tempos na sua exploração, e a densa produção assegura que o disco nós trará novas recompensas a cada audição.

Erykah Badu - Honey (Captain Planet Remix)

02 abril 2008

Rock # 3 - The Monks – “Black Monk Time” (1966 Polydor)

Reza a história que cinco militares americanos foram para a base de Gelnhausen na antiga Republica Federal Alemã em 1963. Após terem sido exonerados, aventuraram-se na emergente cena “beat” alemã.
Chamaram a atenção porque se vestiam como monges, sempre de negro, com o cabelo a condizer. E com o seu disco de estreia, editado na Alemanha pela Polydor, criaram um dos discos mais estranhos de sempre.
“Black Monk Time” foi o ano zero para a “selvajaria” rock. Era música “punk” repetitiva e brutal, com referências ao ódio e à guerra - letras completamente alienadas, de como odiavam as namoradas e o Vietname, quando a onda “peace and love” estava no seu auge, e as polémicas posições anti-guerra ainda estavam a dois anos de distância.
Adicionalmente ao tradicional conjunto de instrumentos das formações clássicas (guitarra, baixo, bateria), adicionaram o órgão e o banjo. E o banjo agita toda a ferocidade musical, acompanhando o pulsante órgão, a bateria tribal, as guitarras frenéticas, e as letras venenosas que gritavam.
Aqui não há momentos de descanso, desde o explosivo “Monk Time” (onde acidentalmente descobriram o “feedback”), passando pelo constantemente contraditório “Drunken Maria”, pelo irreal “Higgle-Dy Piggle-Dy”, ou pelo repetitivo “Oh How To Do Now”.
Apesar de terem sido creditados diversas vezes como percursores da rebeldia do “punk” (a sugestão de que os The Monks estavam dez anos à frente dos Sex Pistols e dos The Clash, sugere que a sua musica é similar ao “punk-rock” dos ano 70, o que não é o caso, apesar de terem a mesma intensidade, o som diverge imenso) e das batidas hipnóticas do “krautrock”, com a edição em CD, já na década de 90, deste disco, e com o apoio dado por bandas como The Fall, Henry Rollins Band e Jon Spencer Blues Explosion, chamaram a atenção de um público mais novo, para o seu perfurante e primitivo “rock’n’roll”.
Um disco bizarro, mas essencial para quem aprecia ou pretende descobrir mais sobre o “garage-rock”/”punk-rock” dos anos 60.

01 abril 2008

Covers # 1

Comecei a compilar uma lista de "covers" que gostava, ou por serem realmente boas versões dos originais, ou por serem divertidas e curiosas transformações dos mesmo.
Primeiro comecei com os albuns e singles originais, depois persegui as compilações e os discos de tributos, e ainda me aventurei pelos vários Mp3's que circulam na Net.
Desisti pois já ia em mais de 1000, e não estava a chegar a lado nenhum.

Como achei o dia apropriado, decidi começar a partilhar algumas, sem ordem definida (será por sorteio), para agradar a gregos e troianos...

Esta por estar no disco dos 25 anos da Rough Trade, serve de tributo a editora e aos Young Marble Giants:

Belle And Sebastain - Final Day (Young Marble Giants)

O culto dos Talking Heads:

Beulah - PsychoKiller (Talking Heads)

Finalmente esta maravilhosa versão de "There Is a Light That Never Goes Out" dos Smith, uma canção notável teve uma re-interpretação à altura. Uma das minhas favoritas.

A versão aqui presente é a que aparece no EP "6 Peace" e não a que consta do EP "Binokular," e conta com a participação de Kpt.Michigan.