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22 abril 2009

Seeland – “Tomorrow Today” (2009 Loaf)

Primeiro chamaram-me a atenção os nomes de Tim Felton e Billy Bainbridge, que estão associados às suas experiências anteriores nas bandas Broadcast e Plone, respectivamente, duas das melhores propostas musicais que surgiram da cidade de Birmingham nos últimos anos.
Regressaram agora com o projecto Seeland (presumivelmente inspirados no tema dos Neu!). E depois de dois singles editados na Duophonic dos Stereolab, e já como um trio com a entrada do baixista Neil McAuley, editam o seu primeiro álbum. E aqui apresentam-nos uma nova sonoridade que combina com aprumo elementos de “krautrock”, da subtil electrónica analógica reminiscente de uns White Noise e de electrónica “indie” anos 80 (mas também é evidente que foram muito influenciados pelos primeiros discos a solo de Brian Eno).
Através de arranjos complexos, melodias extremamente fortes e delicados padrões electrónicos, criam pequenos, mas concisos e melodiosamente vibrantes regalos “pop”, assentes na linear e voluntariamente impassível voz de Felton, que nos transmitem uma sensação de abstracção. E chegam a atingem um tipo de grandeza sonora que nos dá arrepios através de canções como a propulsiva “Burning Pages”, nos intensamente cortantes dedilhados de guitarra na brumosa “Library”, no efervescente acidulado “pop” de “Goodbye”, na superlativa “Call The Incredible”, ou na implacável batida mecânica e vibrante linha de baixo presente em “Static Object”.
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08 maio 2008

DVD # 2 “Warp Vision 1989-2004” (2004 Warp)

Uma compilação para os fanáticos da editora Warp, que ao completar quinze anos de actividade, resolveu editar os vídeos que acompanhavam a promoção dos seus artistas.
A editora ficou conhecida por tentar incorporar a sua inovativa sonoridade também na imagem gráfica dos seus discos e vídeos.
Aqui encontramos desde os pioneiros da electrónica experimental como Sweet Exorcist, L.F.O. ou Nightmares on Wax, passando pelos seguidores como Autechre, Plaid ou Squarepusher, mas também todos os outros artistas que foram passando pela eclética editora como Jimi Tenor, Broadcast, Luke Vibert ou Prefuse 73.
E é interessante assistirmos à evolução da qualidade dos vídeo, desde o primeiro, absolutamente básico que é “Testone” dos Sweet Exorcist (curiosamente realizado por Jarvis Cocker) em 1990, até aos notáveis trabalhos dos Autechre que complementam visualmente a música, como “Gantz Graf” de 2002.
Nestes 32 vídeos o destaque obvio vai para os realizados por Chris Cunningham para Aphex Twin, Squarepusher e Autechre, onde o universo bizarro do primeiro encaixa perfeitamente na electrónica disfuncional dos segundos. Em especial essa deliciosa parodia aos vídeos de hip-hop que é “Windowlicker”.
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