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02 setembro 2009

Electronic # 12 - John Foxx – “Metamatic” (1980 Virgin)

“Metamatic”, surgiu após John Foxx abandonar os Ultravox - o grupo que fundou, e que desenvolveu o som e imagem, quando estes pretendiam abordar uma forma musical mais “pop” – e é um dos discos mais desprovidos de emoção na história da “pop”, permanentemente desolador e disruptivo, com letras que mergulham em sonhos, pensamentos, memórias, constantemente evocando atmosferas de ficção cientifica, e que é ainda mais sombrio e mais desligado do que os primeiros trabalhos de Gary Numan.
Ousado, inovador, imaginativo e inflexível, o que é mais surpreendente, neste diligente registo é o quanto obstinadamente minimalista as texturas musicais são. Robóticas, mecânicas, estéreis e assombrosas, quase exclusivamente baseadas em sintetizadores, caixas de ritmos e distorção sonora, visivelmente influenciadas pela música electrónica que provinha da Alemanha na ultima década, e que ainda hoje não soa nem um pouco datada.
Para além dos singles “Underpass” e “No-One Driving”, destacam-se o gelado e melancólico “Metal Beat” (que carrega similaridades com os Kraftwerk) e o áspero e sombrio “Touch And Go”.
Absolutamente subestimado e invulgar, utilizou um estilo musical que nunca mais foi imitado, nem pelo próprio Foxx.
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25 janeiro 2007

Tributo # 1 Anne Clark - ...Awaken in Metropolis

Na altura em que o punk surgiu, e que conduziu a uma nova aproximação na forma de encarar a música, as artes e a própria sociedade, Anne Clark trabalhava numa loja de discos, numa editora e organizava concertos com bandas que davam os primeiros passos como os Durutti Column.
Ao mesmo tempo, Clark, fazia as suas próprias experiências de composição que conduziram à estreia em disco no ano de 1982 com o album Sitting Room ". Mas foram as colaborações com David Harrow (James Hardway) e John Foxx (Ultravox), que marcariam o som que caracterizou Clark . As experiências com sintetizadores, sequenciadores e samples, permitiriam a criação de canções e texturas musicais que iriam providenciar muitas das pistas para a musica electrónica dos anos 80/90.
Discos com "Changing Places" (83), "Joined Up Writing" (84) e "Hopeless Cases" (87) com Harrow, e "Pressure Points" (85) com Foxx, representam o seu pico criativo, onde Clark , nunca colocou limites à sua expressão musical, explorando todos os estilos.
Nesse período surgiram clássicos como "Sleeper in Metropolis", "Our Darkness", "Heaven", "The Power Game" e "Wallies".
Essencial tornou-se o disco ao vivo "RSVP" gravado na Holanda, em 1987, que é uma celebração dessa fase e que inclui as melhores canções de Clark, que ainda se tornam mais belas no ambiente intimista que a sala de espectáculos proporciona.
A partir desta data, Clark mudou-se para a Noruega, e os seus trabalhos tornaram-se ainda mais experimentais, incorporando cada vez mais instrumentos acústicos. "To Be And To Be Love " (95) com a colaboração de Martyn Bates e Paul Downing, entre outros, é um bom exemplo desta ultima fase.
Neste últimos anos, muitos músicos e DJ's , criaram "remixes" das suas canções mais emblemáticas, como forma de tributo pela sua influência.