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09 abril 2009

Rock # 7 - Girls Against Boys - “Cruise Yourself” (1994 Touch And Go)

Depois de reinterpretarem o “american hardcore” na sua primeira banda, Johnny Temple e Scott McCloud recrutaram o baixista Eli Janney e o baterista Alexis Fleisig com o objectivo de criarem um tipo de música que seria inspirada pelo emergente movimento praticado por editoras como a Wax Trax! e a Some Bizarre. No entanto em vez da aproximação ao “industrial-rock”, optaram por uma sonoridade rock mais estéril, com focagem em ritmos temperados e abruptos e nas conscientemente morais letras de McCloud. Muitos fãs citam o disco de estreia na Touch And Go, “Venus Luxure No1 Baby” como o seu ponto mais alto, mas é “Cruise Yourself” que contém todos os elementos sonoros da banda firmemente no seu lugar. Assim temos “pós-punk”, a dupla tracção dos baixos, batimentos regimentar de bateria e um inteligente uso de “samples”, que resultam em hipnotizantes canções de isolamento e de arrogantes e cínicas homenagens a todas as formas possíveis de comportamentos obscuros e alterados. Desde a curiosamente furtiva, ameaçadora, insidiosa e um tanto inepta “Tucked In”, passando pelas as irresistíveis “Kill The Sexplayer” e “(I) Don’t Got A Place”, apoiadas na incrivelmente electrizante forma de tocar bateria de Fleisig, pelo contraste entre as apáticas guitarras e o ritmo intensamente sensual dos baixos gémeos de “Explicitly Yours”, até à compelível “Glazed Eye” que com o seu deprimido vibrafone e a sombria, melancólica linha de baixo, combinam para um genuíno efeito glacial.
Este disco iria preparar o caminho para “House Of GVSB” e o elegantemente violento “Freak*On*Ica”, trabalhos que iriam firmemente estabelecer o quarteto como um dos mais inovadores do “rock” alternativo americano.
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