
“Dragnet” (1979 Step Forward)O som claustrofóbico, tenebroso de uns amadores ranhosos a explorar os nossos nervos. Os regalos incluem o funesto “Flat Of Angles” e “Psykick Dancehall”.
“Grotesque (After The Gramme)” (1980 Rough Trade)A primeira verdadeiramente grande obra. Foi aqui que os Pavement se inspiraram. A combinação entre o entusiasmante pop-psicadélico e a perversa melancolia – conseguiam ser simultaneamente contagiantes e repugnantes. Melhores faixas: “Container Drivers”, “English Scheme”, “New Face In Hell” e o manifesto “N.W.R.A.” que definiu a sua continuidade.
“Hex Enduction Hour” (1982 Kamera)“Denso e desordenado. Um massivo desmoronamento de “noise” e histórias ocultas. Um crítico descreveu-o como “música criada para torturar imbecis”. Inclui “The Classic” e “Hip Priest”, que iria ser incluída na banda-sonora de “O Silêncio dos Inocentes”.
“The Wonderful And Frightning World Of The Fall” (1984 Beggars Banquet)
O avanço gradual para a normalidade “pop” com a produção a cargo de John Leckie e já com Brix Smith a bordo. O maravilhoso “Disney’s Dream Debased” está aqui presente, assim como o bombasticamente sangrento “The Lay Of The Land”. Soberbo.
“This Nation’s Saving Grace” (1985 Beggars Banquet) 
Provavelmente o melhor disco. Novamente com Leckie, recheado de “riffs” gigantescos e batidas propulsoras, foi aqui onde estiveram o mais próximo do “rock tradicional”, mas ainda bastante afastados do “pop”. Aqui estão presentes a colérica e psicologicamente opressiva sátira de “Spoilt Victorian Child”, o presciente “L.A.” e “I Am Damo Suzuki”, o tributo ao vocalista dos Can.
“Bend Sinister” (1986 Beggars Banquet)
Ao longo do disco prevalece um imenso pessimismo, neste sombrio endereço à mediocridade e ao caprichismo da sociedade. Inclui “Mr. Pharmacist” e “Dktr Faustus”. Seria o fim da associação com John Leckie.
“The Frenz Experiment” (1988 Beggars Banquet)Quando nos apercebemos que a nossa mente está a ser controlado por este disco, já é tarde demais. Entre a tranquilidade (“The Steak Place”) e a violência (a oculta perversidade de “Bremen Nacht”). Inclui ainda a bem sucedida versão de “Victoria” dos The Kinks.
“Extricate” (1990 Phonogram) 
A presença de Adrian Sherwood e dos Coldcut, abrangeu o uso de mais tecnologia (sintetizadores e caixas de ritmos) que conseguiram estimular a banda – “Sing! Happy” rouba a ”Little Doll” dos The Stooges, enquanto o fabuloso “Bill Is Dead” demonstra subtileza. Fabuloso.
“The Infotainment Scan” (1993 Permanent)Profundamente sintético, consegui entrar no Top 10 das tabelas de vendas britânicas. Apesar de “Glam Racket” ser inconsciente nostálgico e “Paranoia Man In Cheap-Shit Room” ser excentricamente autobiográfico. Um dos seus melhores álbuns.
“The Unutterable” (2000 Eagle Rock) 
A velha fórmula – “rock’n’roll”visceral esboçado por cima de abstracções – é completamente implementada. Produzido por Grant Showbiz (que também realizou “Dragnet”) também inclui uma canção sobre William Blake, tal como “Dragnet”.
“Reformation Post-TLC” (2007 Slogan)Mais uma vez após ter perdido uma formação numa tournée nos Estados Unidos, juntou membros de bandas de Los Angeles, e o resultado foi uma energética união de “riffs”, declamação e tecnologia, entregue com os mesmos níveis de vigor de outros tempos.
E ainda temos os vários singles:
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