Com o fenómeno punk em declínio, John Lydon estava desencantado e saturado, pois na senda do sucesso dos Sex Pistols, aparecerem muitas pretensas bandas punk, que pouco tinham em comum com o ideal punk. E claro estava no início a longa batalha legal entre Lydon e Malcolm McLaren.
Lydon decidiu que estava na altura de fazer algo diferente. Os Public Image Ltd eram diferentes, muito diferentes.
Após o relativo sucesso do primeiro disco “First Issue”, Lydon continuou a levar a música para outras direcções, e com “Metal Box”, o segundo disco, conseguiu-o, brilhantemente.
Muitas das canções em “Metal Box” são criticas sociais e políticas, algumas referem os seus dias nos Sex Pistols, e mais especificamente como eram explorados e a forma com era esperado que eles “actuassem” não só no palco, mas também como uma espécie de circo ambulante. Lydon não queria nada disso nos P.I.L. E logo no primeiro tema do disco (“Albatross”) encontramos essas referências.
O que distingue este disco é a sua unicidade, e a combinação de 3 factores: a voz distinta de Lydon, as guitarras metálicas de Keith Levene, e o baixo de Jah Wobble, que é a força dominadora deste álbum.
Essa unicidade é evidente e poderá ser entendida ao escutar-se seguidamente a triologia "Memories”, “Swan Lake” e “Poptones”.
Lydon decidiu que estava na altura de fazer algo diferente. Os Public Image Ltd eram diferentes, muito diferentes.
Após o relativo sucesso do primeiro disco “First Issue”, Lydon continuou a levar a música para outras direcções, e com “Metal Box”, o segundo disco, conseguiu-o, brilhantemente.
Muitas das canções em “Metal Box” são criticas sociais e políticas, algumas referem os seus dias nos Sex Pistols, e mais especificamente como eram explorados e a forma com era esperado que eles “actuassem” não só no palco, mas também como uma espécie de circo ambulante. Lydon não queria nada disso nos P.I.L. E logo no primeiro tema do disco (“Albatross”) encontramos essas referências.
O que distingue este disco é a sua unicidade, e a combinação de 3 factores: a voz distinta de Lydon, as guitarras metálicas de Keith Levene, e o baixo de Jah Wobble, que é a força dominadora deste álbum.
Essa unicidade é evidente e poderá ser entendida ao escutar-se seguidamente a triologia "Memories”, “Swan Lake” e “Poptones”.
Ao ritmo baixo/bateria de “Careering” existe um acompanhamento de um teclado que parece emitir sons retirado de um filme de ficção científica série b. Essa mesma sensação parece estar evidente na vocalização de Lydon em “No Birds”.
Seguem-se duas canções favoritas: “The Suit” conduzida pelo baixo, e um ritmo de bateria simples, mas é a forma monótona de cantar de Lydon que torna o tema sombrio e ameaçador; e “Bad Baby” , também essencialmente comandado pelo baixo, e o com o regresso das teclas alienistas, é um perfeito exemplo da já referida unicidade, onde tudo está perfeitamente em harmonia e sincronia, até a voz de Lydon.
“Socialist” é um instrumental “up-tempo”, que contrasta com o desarticulado “Chant”, onde Lydon usa as repetitivas palavras: “love, war, kill, hate”. E esta canção efectua outra radical transposição para o ultimo tema “Rádio 4”. E como é difícil descrever “Radio 4”, só mesmo ouvindo este tipo de exercício de musica clássica ao estilo P.I.L.. Uma excelente maneira de acabar o disco.
Classificar a música dos P.I.L. e em particular este disco, é impossível, pois não se encaixa em nenhum género, apesar de já ter sido referenciado como uma mistura de “dub-reggae” e “krautrock”.
E para suportar a minha opinião de que esta música não é classificável, quem me explica como é que no meio dos discos de vinil ou nas caixas de CD (conforme seja o caso da edição original ou da reedição em CD), se consegue guardar uma caixa de metal!?!
Seguem-se duas canções favoritas: “The Suit” conduzida pelo baixo, e um ritmo de bateria simples, mas é a forma monótona de cantar de Lydon que torna o tema sombrio e ameaçador; e “Bad Baby” , também essencialmente comandado pelo baixo, e o com o regresso das teclas alienistas, é um perfeito exemplo da já referida unicidade, onde tudo está perfeitamente em harmonia e sincronia, até a voz de Lydon.
“Socialist” é um instrumental “up-tempo”, que contrasta com o desarticulado “Chant”, onde Lydon usa as repetitivas palavras: “love, war, kill, hate”. E esta canção efectua outra radical transposição para o ultimo tema “Rádio 4”. E como é difícil descrever “Radio 4”, só mesmo ouvindo este tipo de exercício de musica clássica ao estilo P.I.L.. Uma excelente maneira de acabar o disco.
Classificar a música dos P.I.L. e em particular este disco, é impossível, pois não se encaixa em nenhum género, apesar de já ter sido referenciado como uma mistura de “dub-reggae” e “krautrock”.
E para suportar a minha opinião de que esta música não é classificável, quem me explica como é que no meio dos discos de vinil ou nas caixas de CD (conforme seja o caso da edição original ou da reedição em CD), se consegue guardar uma caixa de metal!?!
3 comentários:
...e aí está o ansiado tributo à obra magna do post-punk!
E um dos melhores discos de sempre!
Às vezes ponho-me a pensar o que estaria para vir se o trio maravilha não se tem desfeito...
Abraço
'Poptones' costumo ouvir no 'Paris au Printemps' em vinil; sublime.
Por vezes penso que todo o poder dos PIL se revela ao vivo - o "Live in Tokyo" é um dos meus discos de sempre.
M.A.: O rumo seguido por Lydon nunca consegui atinguir a excelência de "Metal Box".
Number: "Live In Tokyo" é um bom exemplo da presença em palco dos PIL, mas a formação já só contava com o Lydon.
No entanto tem performances fantásticas como as de "Religion" ou "This is not a Love Song".
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