
As combinações rítmicas são menos complexas, no entanto estes ainda são os Liars cujas credenciais conhecemos, e de quem aprendemos a esperar o inesperado.
Se as experimentações de “Drum’s Not Dead” continuam presentes, a estrutura está mais próxima da canção pop-rock, mas com uma criatividade e variedade incomparáveis.
Senão vejamos: “Plaster Casts of Everything” parte de um único “riff” e cresce em intensidade de uma forma “drone-rock”. O minimalismo synth- funk de “Houseclouds”, transforma-a numa das melhores canções que ouvi este ano. O sónico “Leather Prowler” relembra os Sonic Youth, com muito “echo” e “delay”. “Freak Out” é bubblegum pop. “Cycle Time” é uma canção perdida de “Psychocandy”. Em “Clear Island” evocam o glam-rock e em “Pure Unevil” o “shoegazing”. E em “Protection”, uma balada sobre a infância, temos um órgão eclesiástico que realça o tema em questão.
Continua a ser um disco difícil de catalogar, que ao longo de cada passagem vamos descobrindo algo que não detectamos previamente, permitindo que cada audição seja tão excitante como a primeira.
Um disco mais acessível do que os anteriores, no entanto é corajoso e ousado numa época em que arriscar pode ser um risco, mas como Angus Andrews canta no sedativo “Sailing to Byzantium”: “It’s time to wake these dumb fucks up”.
2 comentários:
Ainda não ouvi este album,mas está para muito breve. Pessoalmente não gostei dos devaneios de "drum´s not dead" o que me faz sorrir quando escreves q voltaram com algo mais linear e conservador..;)
Tenho uma "review" alinhavada que não difere muito da tua. Nem sei se a publique.
Uma característica este disco tem: unanimidade nas opiniões!
Abraço
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