
Para “Rid of Me”, PJH e a sua banda (Rob Ellis e Steve Vaughan) resolveram trabalhar em Minneapolis, com Steve Albini, que elevou a barreira sonora do disco anterior, ao torná-lo mais áspero e abrasivo, fazendo com que cada corda de guitarra e cada batida do címbalo criem no ouvinte uma sensação arrepiante.
A influência assumida das dinâmicas “noise” dos Pixies, com a do “garage-rock” dos anos 60, faz com que na palete sonora de “Rid of Me”, se encontrem “rock” puro (“50 Foot Queenie”, “Snake”), confissões de dor (“Missed”, “Legs”), arranjos clássicos (“Man-Size Sextet”), e também uma versão de “Highway 61 Revisited” que violentamente transporta Bob Dylan para a década de 90.
Em cada palavra, cada nota, cada batida, estão presentes as emoções cruas e tumultuosas, as provocações que encarnou, sempre cheias de negrume. PJH não foge dos assuntos, não está com meias medidas, quando expressa a sua raiva e a sua sexualidade (é arrebatadora a forma como ela canta “Lick my Legs, I’m on Fire” em “Rid of Me”).
Escutar “Rid of Me” é uma experiência única, e as armas que PHJ utiliza são primárias: a sua versátil e devastadora voz, a guitarra ácida, e uma fantástica secção rítmica.
4 comentários:
mas ainda continuo a preferir o "4 track demos"
Hmmm... Um grande disco que me traz excelentes recordações. Ainda assim, apesar da "marca" Albini neste, prefiro o "Dry".
Abraço
Por razões que muitas vezes não conseguimos explicar, este foi o primeiro disco dela que realmente me fascinou.
Abraço
Estou com o M. A.. Os três primeiros discos dela foram os melhores. Com este último tentou chegar lá, e não andou muito longe.
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