Apesar de existirem desde 1976 (no apogeu do “punk”), quando este disco apareceu em 1980, o universo musical estava em mudança. O “punk” tinha-se fragmentado e espalhado por géneros como o Gótico, o Industrial e a “new-wave”. E surgiu também o movimento que foi designado por “Psychobilly”/”Rockabilly” – uma mistura de surf rock, psicadelismo e garage-rock dos anos 60. Não me recordo de mais nenhuma banda que tenha popularizado da mesma forma este género (ex: os Stray Cats eram muito puros). Apesar de não se poderem considerar uma banda “punk”, tinham mais atitude do que a maioria devido à sua intratável imagem e inclassificável sonoridade.
Eram compostos por Lux Interior que gritava e uivava de uma forma louca, e era uma mistura entre Elvis Presley e Vincent Price, por Ivy Rorschach que tocava guitarra de uma forma ordinária mas eficaz, dentro do espírito do “rockabilly”/“garage-rock”, por Bryan Gregory, que era obcecado pelo oculto, é era um monstro do feedback, e por Nick Knox, impassível atrás dos seus óculos escuros e da sua batida primitiva.
O seu disco de estreia, gravado nos estúdios de Sam Phillips em Memphis e produzido pelo lendário Alex Chilton dos Big Star, estava no seu estado bruto o que o tornava tão excitante.
A combinação da poderosa voz, das guitarras e da pulsante bateria, juntava-se às misteriosas letras (referências à lobisomens, horríveis assassinatos, atmosfera “b-movie”, etc) que perturbavam a conservadora sociedade americana, para criarem canções eternas.
A guitarra minimalista e a voz gorgolejante de Lux Interior na contagiante “Garbageman”, cuja simplicidade lírica dá-lhe uma sensibilidade “pop”, “T.V. Set” que é verdadeiramente doentia e repulsiva, “Zombie Dance” que é perfeita para uma festa de “Halloween”, “I Was A Teenage Werewolf” que representa toda a estética dos Cramps, “Tear It Up” que é a perfeita síntese do “rockabilly” e “garage- punk”, ou a sóbria versão de “Strychnine”, que tal como o original, é uma paródia às festas nas praias durante os anos sessenta.
Outra versão fantástica é a do clássico “Fever”, transformado numa espécie de hino fúnebre, que encerra de uma forma deliciosamente subversiva o álbum.
Um divertido e bizarro espectáculo de aberrações.
Eram compostos por Lux Interior que gritava e uivava de uma forma louca, e era uma mistura entre Elvis Presley e Vincent Price, por Ivy Rorschach que tocava guitarra de uma forma ordinária mas eficaz, dentro do espírito do “rockabilly”/“garage-rock”, por Bryan Gregory, que era obcecado pelo oculto, é era um monstro do feedback, e por Nick Knox, impassível atrás dos seus óculos escuros e da sua batida primitiva.
O seu disco de estreia, gravado nos estúdios de Sam Phillips em Memphis e produzido pelo lendário Alex Chilton dos Big Star, estava no seu estado bruto o que o tornava tão excitante.
A combinação da poderosa voz, das guitarras e da pulsante bateria, juntava-se às misteriosas letras (referências à lobisomens, horríveis assassinatos, atmosfera “b-movie”, etc) que perturbavam a conservadora sociedade americana, para criarem canções eternas.
A guitarra minimalista e a voz gorgolejante de Lux Interior na contagiante “Garbageman”, cuja simplicidade lírica dá-lhe uma sensibilidade “pop”, “T.V. Set” que é verdadeiramente doentia e repulsiva, “Zombie Dance” que é perfeita para uma festa de “Halloween”, “I Was A Teenage Werewolf” que representa toda a estética dos Cramps, “Tear It Up” que é a perfeita síntese do “rockabilly” e “garage- punk”, ou a sóbria versão de “Strychnine”, que tal como o original, é uma paródia às festas nas praias durante os anos sessenta.
Outra versão fantástica é a do clássico “Fever”, transformado numa espécie de hino fúnebre, que encerra de uma forma deliciosamente subversiva o álbum.
Um divertido e bizarro espectáculo de aberrações.
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