A combinação singular da estridente e cortante voz de Perry Farrell, dos ritmos tribais de Stephen Perkins, do ressonante e melódico baixo de Eric Avery e dos espantosos atributos técnicos de Dave Navarro, permitiram criar uma música psicadélica, esquizofrénica, repleta de “funk” e com um carácter etéreo.
Em 1988 com o surpreendente “Nothing’s Shocking”, já tinham conseguido abalar a indiferente indústria musical. E para mim, a banda ainda se conseguiu superar, pois considero “Ritual…” musicalmente mais interessante e desafiante que “Nothing’s…”, pois assumiram mais riscos ao criarem uma alucinatória viagem sonora.
Com “Ritual De Lo Habitual” apresentam-nos mais nove exuberantes temas, ao nível do melhor que já tinham feito, mas ainda adicionaram a agradável habilidade da canção “pop”.
O disco pode dividir-se em dois lados distintos.
De um lado estão as canções mais “rock”, as mais enérgicas, que com as suas batidas rítmicas e o irromper das explosivas guitarras tornaram “Stop!” (com a subversiva introdução em Espanhol), “No One’s Leaving”, “Ain’t No Right” e “Been Caught Stealing” (uma gracejante paródia) apropriadas para a rádio e a MTV. Enquanto do outro temos as canções mais “calmas”, as mais experimentais e diversificadas, como a belíssima “Classic Girl”, “Then She Did…” e a épica obra-prima de 12 minutos que é “Three Days”, composta por cinco distintas secções, que contemplam guitarras acústicas, secções de cordas, até aos desenfreados solos de bateria e guitarra que conduzem a canção ao seu grandioso final, e que deram aos fãs algo para devorar e idolatrar.
“Ritual…” é simultaneamente suculento, estimulante e sarcástico, mas também intenso e teatral.
Quem sabe, se não tivesse existido um disco, editado no ano seguinte, de nome “Nevermind”, e este talvez não fosse considerado como o exponente do rock moderno.
Em 1988 com o surpreendente “Nothing’s Shocking”, já tinham conseguido abalar a indiferente indústria musical. E para mim, a banda ainda se conseguiu superar, pois considero “Ritual…” musicalmente mais interessante e desafiante que “Nothing’s…”, pois assumiram mais riscos ao criarem uma alucinatória viagem sonora.
Com “Ritual De Lo Habitual” apresentam-nos mais nove exuberantes temas, ao nível do melhor que já tinham feito, mas ainda adicionaram a agradável habilidade da canção “pop”.
O disco pode dividir-se em dois lados distintos.
De um lado estão as canções mais “rock”, as mais enérgicas, que com as suas batidas rítmicas e o irromper das explosivas guitarras tornaram “Stop!” (com a subversiva introdução em Espanhol), “No One’s Leaving”, “Ain’t No Right” e “Been Caught Stealing” (uma gracejante paródia) apropriadas para a rádio e a MTV. Enquanto do outro temos as canções mais “calmas”, as mais experimentais e diversificadas, como a belíssima “Classic Girl”, “Then She Did…” e a épica obra-prima de 12 minutos que é “Three Days”, composta por cinco distintas secções, que contemplam guitarras acústicas, secções de cordas, até aos desenfreados solos de bateria e guitarra que conduzem a canção ao seu grandioso final, e que deram aos fãs algo para devorar e idolatrar.
“Ritual…” é simultaneamente suculento, estimulante e sarcástico, mas também intenso e teatral.
Quem sabe, se não tivesse existido um disco, editado no ano seguinte, de nome “Nevermind”, e este talvez não fosse considerado como o exponente do rock moderno.
3 comentários:
Não sei se a minha a minha preferência é influenciada pela massificação deste disco, mas hoje prefiro o "Nothing's Shocking". Mas que ambos são discos de excepção, lá isso são!
Abraço
A massificação estragou alguma da beleza do disco.
E por causa disso, já ouve alturas em que o "Nothing's" era o meu favorito.
Mas como normalmente só os ouço 1 vez por ano, dá para aprecia-los independentemente e sem os preconceitos do "mais comercial" e o "menos comercial".
São realmente os 2 de excepção.
Abraço
Um clássico!
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