Na ressaca da explosão da música electrónica, nos fins dos anos 80, proliferavam pequenas editoras, que proporcionavam a divulgação de inúmeros tecnocratas “caseiros”.
As tabelas de vendas “indie”, no final dos anos 80/ princípios dos anos 90, eram regularmente animadas por discos de música electrónica, editados em obscuras editoras, que muitas vezes nem se aguentavam o suficiente para editar os seguintes.
Em Londres muitas pequenas editoras sobreviveram como servientes dos DJ’s da moda. Mas seria em Sheffield que iria acontecer uma verdadeira lição de sucesso na história das editoras britânicas independentes.
Steve Beckett e Rob Mitchell, já se conheciam e quando a loja de discos onde Beckett trabalhava fechou, decidiram abrir no mesmo espaço, uma distribuidora de música electrónica e música “indie” baptizada Warp Records.
Ao serem inundados com inúmeras cassetes e “white labels” de músicos locais, decidiram juntar algum dinheiro e criar uma editora com o mesmo nome.
A estreia aconteceu com “Track With No Name” dos The Forgemasters, numa edição de 500 exemplares. Esse disco, uma aventura do produtor Rob Gordon, e a segunda edição da Warp, Nightmares on Wax – “Dextrous”, tiveram algum sucesso. Como iriam ter LFO – “LFO”, Tricky Disco – “Tricky Disco” e Nightmares on Wax – “Aftermath”, que entraram no Top 20.
Nessa altura, a música da Warp diferenciava-se de tendências da altura como o “Balearic” ou a “Italian House”, e excepto caso se tivessem acesso aos intrujantes trabalhos do mestre Derrick May, os primeiros discos da Warp soavam como se estivéssemos a digitar um telefone por cima de um disco “dub”. No entanto esses sons puros e o aterrorizador baixo acabaram por ser um grande sucesso.
O facto de terem aparecido tantos músicos influenciados pela música electrónica em Sheffield, não foi nenhuma feliz coincidência. Pois precursores como os Cabaret Voltaire (cujo membro Richard H. Kirk era metade dos Sweet Exorcist) e os The Human League, eram ambos originários de Sheffield.
Provavelmente o fracasso do primeiro álbum, o conceptual “Clonk’s Coming” dos Sweet Exorcist, fez com que se afastassem dos caprichos da pista de dança, para abordarem projectos mais propícios aos discos de longa-duração.
Assim surgiram o magnífico e assustador “Frequencies” dos LFO vendeu muito bem quer em Inglaterra quer nos Estados Unidos. Os Nightmares on Wax editaram o alucinatório e futurista som “funk-rap” no disco de estreia “A Word Of Science”. E ainda editaram compilações de qualidade como “Pioneers Of The Hypnotic Groove” e “Artificial Intelligence”, esta última tornando-se num disco importantíssimo. Porque aparte o seu valor como um conjunto de delicadíssimas e relaxantes paisagens sonoras, “AI” foi um daqueles discos que sinalizou para onde penderia o futuro da musica electrónica.
O caminho seguiu com o que se designou de IDM – Intelligent Dance Music, ou “electronic listening music”, como prefiro, com os trabalhos de Polygon Window (ou Richard James/Aphex Twin), Black Dog, B12, FUSE (de Richie Hawtin), Wild Planet entre outros.
Como forma de evitar problemas com a indolente imprensa musical, decidiram fundar uma editora “indie guitar” ao criar a Gift, cujos primeiros artistas seriam os Newspeak, Various Vegetables, e como porta-estandartes, os gloriosos Pulp.
Passadas quase duas décadas, conseguiram provar, como a 4AD ou a Creation nos seus respectivos campos de acção, que ganharam a luta pela busca de música inventiva e de qualidade.
As tabelas de vendas “indie”, no final dos anos 80/ princípios dos anos 90, eram regularmente animadas por discos de música electrónica, editados em obscuras editoras, que muitas vezes nem se aguentavam o suficiente para editar os seguintes.
Em Londres muitas pequenas editoras sobreviveram como servientes dos DJ’s da moda. Mas seria em Sheffield que iria acontecer uma verdadeira lição de sucesso na história das editoras britânicas independentes.
Steve Beckett e Rob Mitchell, já se conheciam e quando a loja de discos onde Beckett trabalhava fechou, decidiram abrir no mesmo espaço, uma distribuidora de música electrónica e música “indie” baptizada Warp Records.
Ao serem inundados com inúmeras cassetes e “white labels” de músicos locais, decidiram juntar algum dinheiro e criar uma editora com o mesmo nome.
A estreia aconteceu com “Track With No Name” dos The Forgemasters, numa edição de 500 exemplares. Esse disco, uma aventura do produtor Rob Gordon, e a segunda edição da Warp, Nightmares on Wax – “Dextrous”, tiveram algum sucesso. Como iriam ter LFO – “LFO”, Tricky Disco – “Tricky Disco” e Nightmares on Wax – “Aftermath”, que entraram no Top 20.
Nessa altura, a música da Warp diferenciava-se de tendências da altura como o “Balearic” ou a “Italian House”, e excepto caso se tivessem acesso aos intrujantes trabalhos do mestre Derrick May, os primeiros discos da Warp soavam como se estivéssemos a digitar um telefone por cima de um disco “dub”. No entanto esses sons puros e o aterrorizador baixo acabaram por ser um grande sucesso.
O facto de terem aparecido tantos músicos influenciados pela música electrónica em Sheffield, não foi nenhuma feliz coincidência. Pois precursores como os Cabaret Voltaire (cujo membro Richard H. Kirk era metade dos Sweet Exorcist) e os The Human League, eram ambos originários de Sheffield.
Provavelmente o fracasso do primeiro álbum, o conceptual “Clonk’s Coming” dos Sweet Exorcist, fez com que se afastassem dos caprichos da pista de dança, para abordarem projectos mais propícios aos discos de longa-duração.
Assim surgiram o magnífico e assustador “Frequencies” dos LFO vendeu muito bem quer em Inglaterra quer nos Estados Unidos. Os Nightmares on Wax editaram o alucinatório e futurista som “funk-rap” no disco de estreia “A Word Of Science”. E ainda editaram compilações de qualidade como “Pioneers Of The Hypnotic Groove” e “Artificial Intelligence”, esta última tornando-se num disco importantíssimo. Porque aparte o seu valor como um conjunto de delicadíssimas e relaxantes paisagens sonoras, “AI” foi um daqueles discos que sinalizou para onde penderia o futuro da musica electrónica.
O caminho seguiu com o que se designou de IDM – Intelligent Dance Music, ou “electronic listening music”, como prefiro, com os trabalhos de Polygon Window (ou Richard James/Aphex Twin), Black Dog, B12, FUSE (de Richie Hawtin), Wild Planet entre outros.
Como forma de evitar problemas com a indolente imprensa musical, decidiram fundar uma editora “indie guitar” ao criar a Gift, cujos primeiros artistas seriam os Newspeak, Various Vegetables, e como porta-estandartes, os gloriosos Pulp.
Passadas quase duas décadas, conseguiram provar, como a 4AD ou a Creation nos seus respectivos campos de acção, que ganharam a luta pela busca de música inventiva e de qualidade.
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Nightmares on Wax - Aftermath
2 comentários:
Off topic:
Parece-me que já se fez luz sobre o tema de abertura d'O Som da Frente que um dos teus visitantes queria saber o nome: não seria o "Winning" dos Sound?
Engraçado que só me ocorreu depois de ler um comentário que alguém deixou no nosso camarada da C-70... Algo imperdoável para alguém que ouviu o "Lions Mouth" um milhão de vezes...
Abraço
Sinceramente não me recordo, e tal como tu devia saber o "Lion's Mouth" de cor.
Penso que como o objectivo de ouvir o Som da Frente era descobrir novas bandas, esqueciamos o generico, que ouviamos todos os dias. :-)
Abraço
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