Um surpresa que chega de Malmo na Suécia. Marcus Henriksson e Sebastian Mullaert apresentam-nos um duplo CD (belíssimo “digipack”) – 26 faixas, 154 minutos de música. E apesar de que o título ou a duração do disco, me fizessem pensar nos Pink Floyd ou no rock progressivo dos anos 70, felizmente estamos muito longe.
O disco divide-se em duas partes deliberadamente diferentes, a primeira repleta de vacilantes “bleeps” e “beats”, é uma viagem pelos caminhos do “minimal techno”, reminiscente da segunda geração de Detroit, mas apimentada com temas que desobedecem a esse padrão musical, de uma forma ameaçadoramente inventiva e que fazem com que o disco circule por outros caminhos. Assim temos ecos de “jazz” e “funky-house” em “Loud”, vibrantes ritmos “dub techno” em “Hitchhiker’s Choice” e “electro” em “Giant, Hairy Spiders”. E que chegam a atingir a perfeição no brilhante “33.000 Honeybees” e os seus vigorosos padrões rítmicos.
O segundo disco deveria funcionar como uma suposta peça de música ambiental contínua, que deambula livremente, pois cada estrutura sonora cuidadosamente construída encaixa na próxima, mas que poderiam ter sido realizadas cada por uma diferente banda. Mas aqui o titulo “ambiente” é enganador pois quem esperar “ambient pop” ao estilo de Brian Eno ficará desapontado, pois para todas as longas espirais de sintetizadores ou delicados dedilhados de guitarra acústica, existem complexas melodias que se misturam intimamente com oscilantes “beats” reminiscentes dos Boards of Canada ou dos Global Communication.
Um disco corajoso e aventureiro, sem medo em avançar para novos terrenos, e que será difícil de esquecer.
O disco divide-se em duas partes deliberadamente diferentes, a primeira repleta de vacilantes “bleeps” e “beats”, é uma viagem pelos caminhos do “minimal techno”, reminiscente da segunda geração de Detroit, mas apimentada com temas que desobedecem a esse padrão musical, de uma forma ameaçadoramente inventiva e que fazem com que o disco circule por outros caminhos. Assim temos ecos de “jazz” e “funky-house” em “Loud”, vibrantes ritmos “dub techno” em “Hitchhiker’s Choice” e “electro” em “Giant, Hairy Spiders”. E que chegam a atingir a perfeição no brilhante “33.000 Honeybees” e os seus vigorosos padrões rítmicos.
O segundo disco deveria funcionar como uma suposta peça de música ambiental contínua, que deambula livremente, pois cada estrutura sonora cuidadosamente construída encaixa na próxima, mas que poderiam ter sido realizadas cada por uma diferente banda. Mas aqui o titulo “ambiente” é enganador pois quem esperar “ambient pop” ao estilo de Brian Eno ficará desapontado, pois para todas as longas espirais de sintetizadores ou delicados dedilhados de guitarra acústica, existem complexas melodias que se misturam intimamente com oscilantes “beats” reminiscentes dos Boards of Canada ou dos Global Communication.
Um disco corajoso e aventureiro, sem medo em avançar para novos terrenos, e que será difícil de esquecer.
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