Com “Perfect From Now On” (1997), Doug Martsch e os seus rapazes já nos tinham prometido uma obra-prima. Ela chegou com “Keep It Like A Secret”, que continua a mesma fórmula, com mais 10 intensas canções literalmente de cortar a respiração.
Neste disco perfeitamente equilibrado criaram algo único e impetuoso, onde podemos pensar nos velhos Sonic Youth, mas sem a abstracção.
Sendo um incrivelmente dotado músico, Martsch abstêm-se largamente de solos que aturdem, em ordem de manter o foco nas canções. E com isto não quero dizer que ele não nos presenteia com excelentes momentos no disco. Pois em vez de momentos instrumentais onde nos demonstra a sua formidável proficiência como guitarrista, ele opta antes por usar o instrumento como um meio de constituição da estrutura e dar coloração a cada canção.
Começa de forma perfeita com a concisa “The Plan”, depois segue-se essa declaração “pop” que é “Center Of The Universe”, o assombroso trabalho de guitarra na fenomenalmente simples “Carry the Zero”, o desenvolvimento do núcleo da canção em “Time Trap”, as brilhantes camadas sonoras de “Temporarily Blind”, ou as suaves harmonias de “Else”.
O disco termina com o épico “Broken Chairs”, e admiramos como pode um disco soar tão variado e no entanto, simultaneamente parecer tão consistente.
Puro esplendor.
Neste disco perfeitamente equilibrado criaram algo único e impetuoso, onde podemos pensar nos velhos Sonic Youth, mas sem a abstracção.
Sendo um incrivelmente dotado músico, Martsch abstêm-se largamente de solos que aturdem, em ordem de manter o foco nas canções. E com isto não quero dizer que ele não nos presenteia com excelentes momentos no disco. Pois em vez de momentos instrumentais onde nos demonstra a sua formidável proficiência como guitarrista, ele opta antes por usar o instrumento como um meio de constituição da estrutura e dar coloração a cada canção.
Começa de forma perfeita com a concisa “The Plan”, depois segue-se essa declaração “pop” que é “Center Of The Universe”, o assombroso trabalho de guitarra na fenomenalmente simples “Carry the Zero”, o desenvolvimento do núcleo da canção em “Time Trap”, as brilhantes camadas sonoras de “Temporarily Blind”, ou as suaves harmonias de “Else”.
O disco termina com o épico “Broken Chairs”, e admiramos como pode um disco soar tão variado e no entanto, simultaneamente parecer tão consistente.
Puro esplendor.
1 comentário:
Uma banda criminalmente ignorada por demasiada gente. Durante algum tempo não os ouvi tanto, mas depois do último "You in reverse" voltaram a fazer parte das minhas escutas mais frequentes. Doug Martsch é um daqueles génios incapazes de fazer um mau disco!
Abraço
Enviar um comentário