Na altura da sua edição, muitos esperavam que isto nunca acontecesse, a Kranky editar um disco “pop”. Mas no seu terceiro disco de originais, os Jessamine procuraram uma sonoridade mais baseada no formato “canção”, com a baixista Dawn Smithson a assumir um novo papel principal, escrevendo todas as letras e cantando todas as melodias vocais. E o resultado é um perfeito híbrido entre as anteriores excursões instrumentais pelo rock psicadélico e a forma concisa dos seus anteriores singles. E se o anterior disco do grupo (“Another Fictionalized History”) tinha sido uma compilação desses mesmos singles, com o complemento de algumas experimentações cósmicas inéditas, parece que os Jessamine procuraram inspiração no seu próprio catalogo, pois este parece ser uma perfeita combinação das melhores partes dos álbuns prévios.
E se os seus fãs mais “avant-garde” possam ter ficado mais desiludidos com esta viragem musical, os Jessamine seguem uma lógica progressão musical, apesar de a mesma poder conter desvios. A sua marca sonora continua presente – o rodopiante piano eléctrico, as guitarras “drone” cheias de efeitos, os ritmados acordes do baixo e a voz fuliginosa de Smithson por cima – e conserva o ameaçante e amorfo pessimismo do seu homónimo disco de estreia. A única diferença, realmente, é na forma de como as ideias estão agrupadas – em vez das longas e espontâneas “jams”, as canções são concisas comparadas com as dos discos anteriores. Os Jessamine criaram aqui um disco vencedor, cavando uma atmosfera que eleva a tristeza e a monotonia para níveis perigosamente sedutores, e continuaram a transformar-se em uma das mais intrigantes bandas do movimento “pós-rock”.
_
E se os seus fãs mais “avant-garde” possam ter ficado mais desiludidos com esta viragem musical, os Jessamine seguem uma lógica progressão musical, apesar de a mesma poder conter desvios. A sua marca sonora continua presente – o rodopiante piano eléctrico, as guitarras “drone” cheias de efeitos, os ritmados acordes do baixo e a voz fuliginosa de Smithson por cima – e conserva o ameaçante e amorfo pessimismo do seu homónimo disco de estreia. A única diferença, realmente, é na forma de como as ideias estão agrupadas – em vez das longas e espontâneas “jams”, as canções são concisas comparadas com as dos discos anteriores. Os Jessamine criaram aqui um disco vencedor, cavando uma atmosfera que eleva a tristeza e a monotonia para níveis perigosamente sedutores, e continuaram a transformar-se em uma das mais intrigantes bandas do movimento “pós-rock”.
_
Sem comentários:
Enviar um comentário