
Assim, e ao invés da utilização de “overdubs” das suas próprias performances, cada faixa apresenta o tipo de vibração resultante das colaborações, uma mais impulsiva criatividade que respira vida nas mini obra-primas de lenta combustão.
Existe aqui muito mais paixão e imaginação e uma real consistência. Certamente o facto de terem passado algum tempo com os Sigur Rós, quer na estrada, quer em estúdio, foi responsável por nutrir aos The Album Leaf um “upgrade” na sonoridade “lo-fi” para um som épico. O disco foi gravado em Seattle mas foi remisturado na Islândia por Jón Birgisson e parece beneficiar nesse sentido.
Desolado mas ainda assim reconfortante, inclui o tipo malabarismos de géneros e uma serenidade que é ao mesmo tempo totalmente audível e irresistivelmente atraente.
E sendo verdade que o disco possui uma decente quantidade de contribuições vocais – com destaque para a presença de Pall Jenkins dos Black Heart Procession – ainda são as deslumbrantes melodias e as sonoridades estratificadas que falam mais alto.
Destacam-se a melodia hipnótica de “There Is A Wind”, a “glitch no entanto serena “Within Dreams”, as delicadas sensibilidades “pop” de “Falling From The Sun”, o grande instrumental “Stand Still”, e a glacial no entanto calorosa “Summer Fog”.
Esta nova ambição que encontramos em “A Chorus of Storytellers”, terá levado os The Album Leaf possivelmente à sua melhor execução, mas a sua gentileza e decoro são tão consistentes que este é um disco que procura e requer o máximo de atenção.
_
Sem comentários:
Enviar um comentário