
Gravado em três faixas, e absolutamente a solo, “Oar” representa um tipo de exploração psicadélica interior que não iria encontrar um público real durante décadas.
Profundo, intenso e comovente Spence vagueia de um modo existencialista entre a psicologia (a incrível “War In Peace”), e faixas de meditação (“Grey/Afro”), tudo encravado entre momento de humor genuíno e comovente tristeza.
Seria incorrecto dizer que a editora não apoiou a edição do disco, pois teve anúncios nas revistas de música americanas e foi mesmo criticada de forma muito positiva na revista Rolling Stone. Mas com um conjunto de canções tão sombrias e com a aceitação da sua desesperança, nunca existiu uma verdadeira hipótese de os “hippies” se prenderem e ele.
É essencial que se aborde este disco com uma mente aberta, pois se apenas o analisarmos superficialmente, não é nada mais que um registo de refugos induzido por drogas. Mas se olhar por debaixo da superfície, descobrimos algo verdadeiramente extraordinário.
_
Sem comentários:
Enviar um comentário