
O processo de aprendizagem que os levou de um extremo para o outro, desdobra-se diante dos nossos olhos. Os primeiros temas são particularmente bons exemplos – em “The Arcane Model” e especialmente na esplêndida “Everything Goes Around the Water”, existe uma fusão entre o deslocado “pub rock” de “Domestiques” com o estranho tom de suavidade aveludado da sua música posterior.
Pollock surge magnífica nos tons melodiosos da suave “The Actress”, e na viçosa e mágica “Pull The Wires From The Wall” a sua contribuição é particularmente impressionante. A presença da guitarra acústica e do violoncelo na introdução faz evocar Kristen Hersh, mas há também uma pitada de Marianne Faithfull na assustada mas avaliada entrega de Pollock. Mais emocionante ainda é “Blackpool”, um sinistro relato em que as alterações dos tempos são negociados por uma bizarra acrobacia fonética que encanta e confunde o ouvinte. E o francamente mental “Repeat Failure” que soa como se os My Bloody Valentine estivessem a massacrar os Belle And Sebastian, escutado através de um exausto rádio de onda curta.
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1 comentário:
É o disco da viragem para aquela banda especial que se toranaram, de facto. O "Pull The Wires" é daquelas coisas...
Abraço
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