Companheiros de Patti Smith, e posteriormente dos Ramones, Talking Heads e Blondie no lendário clube nova-iorquino CBGB, os Television foram um dos grupos mais importantes da pré-história do punk-rock e pós-punk. (e de toda a história do “rock” propriamente dito).
A formação original incluía o baixista Richard Hell, que patenteou o “look” punk, muito antes dos Sex Pistols, e o líder Tom Miller, assumiu como novo “apelido” o do poeta simbolista francês. Assim as credenciais eram perfeitas, o problema era que os Television não tocavam punk-rock. Seria mais um “psychedelic jazz punk”? O que quer que fosse, era diferente e original.
Seriam, na minha opinião, o primeiro grupo identificado com o movimento “punk” que realmente criaria algo novo e original, quer ao nível técnico quer ao nível estético.
O disco inicia com o hipnotizante “See No Evil”, passa pelo dramático “Elevation”, com as suas constantes paragens e arranques, e fecha com um longo lamento, que sugere futuras direcções na sinistra, mas profética “Torn Curtain”.
O som do grupo está perfeitamente registado no tema que dá título ao álbum, o épico “Marquee Moon”, com o “staccato” penetrante, sinistro, complexo e labiríntico, cria um super-sofisticado poema sonoro, apoiado na frágil voz de Verlaine. Musica para o corpo e mente.
O virtuosismo instrumental do grupo é evidente na forma perfeita como contrastam as guitarras gémeas – Verlaine, (temperamental e improvisador), Richard Lloyd, (controlado, preciso & denso) – encaixam completamente, enquanto as influências jazz e a sensibilidade melódica iluminam a forma sincopada de tocar do baterista Billy Ficca e do baixista Fred Smith.
Introspectivo, “Marquee Moon”, é um marco de criatividade, de coerência, e de consistência.
A formação original incluía o baixista Richard Hell, que patenteou o “look” punk, muito antes dos Sex Pistols, e o líder Tom Miller, assumiu como novo “apelido” o do poeta simbolista francês. Assim as credenciais eram perfeitas, o problema era que os Television não tocavam punk-rock. Seria mais um “psychedelic jazz punk”? O que quer que fosse, era diferente e original.
Seriam, na minha opinião, o primeiro grupo identificado com o movimento “punk” que realmente criaria algo novo e original, quer ao nível técnico quer ao nível estético.
O disco inicia com o hipnotizante “See No Evil”, passa pelo dramático “Elevation”, com as suas constantes paragens e arranques, e fecha com um longo lamento, que sugere futuras direcções na sinistra, mas profética “Torn Curtain”.
O som do grupo está perfeitamente registado no tema que dá título ao álbum, o épico “Marquee Moon”, com o “staccato” penetrante, sinistro, complexo e labiríntico, cria um super-sofisticado poema sonoro, apoiado na frágil voz de Verlaine. Musica para o corpo e mente.
O virtuosismo instrumental do grupo é evidente na forma perfeita como contrastam as guitarras gémeas – Verlaine, (temperamental e improvisador), Richard Lloyd, (controlado, preciso & denso) – encaixam completamente, enquanto as influências jazz e a sensibilidade melódica iluminam a forma sincopada de tocar do baterista Billy Ficca e do baixista Fred Smith.
Introspectivo, “Marquee Moon”, é um marco de criatividade, de coerência, e de consistência.
2 comentários:
Este disco é absolutamente genial, e está 100% presente em toda a fornada de bandas "pós-coiso" que apareceram a seguir aos Strokes e Interpol.
Tive a sorte de poder ver o concerto que eles deram há 2 anos (ou 3?) em Serralves, que abriu a 1ª digressão que fizeram juntos em 20 e tal anos. Notava-se que os anos passaram e que já há muito que não tocavam aquelas cações juntos. Mas ver os 4 magníficos em palco até arrepiou...
Abraço
Nem de propósito. Ainda há bocado fui buscar meia dúzia de discos à arrecadção e este foi um deles. Ele há coincidências...
Genial e intemporal!
Abraço
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