Quantos artistas se tornaram ferozmente genuínos com o passar dos anos?
Quantos tentam codificar o que fizeram anteriormente, cuidadosamente, num fácil formato sonoro?
Carla Bozulich não. Já sendo uma semi-veterana com passagens por várias bandas (investiguem os excitante Geraldine Fibbers), regressa com uma banda (Evangelista) que era o título do seu último disco a solo. E aqui, num disco sincero, mas ferido, Bozulich, vai ainda mais longe na exploração das opressões íntimas, ao expor sofrimento e dor.
Acompanhada por alguns elementos dos A Silver Mt. Zion, e através de desarticuladas orquestrações, melodias formaldeídas, ásperos arranjos de cordas, e uma prosa perniciosa, Bozulich surge elegante e astuta, mas angustiada, criando uma sonoridade subtil e ríspido. Os cenários variam: a sabedoria negra e anciã em ” Mystical Prankster”, a provocação inabalável em “Truth Is Dark Like Outer Space”, a crueldade e o perigo em “Lucky Luck Luck”, culminando no claustrofóbico épico hino de “Paper Kitten Claw”. E não há palavras para descrever a grandiosa e delicada “The Blue Room”
Bem-vindos a um mundo invulgar e maravilhoso.
Quantos tentam codificar o que fizeram anteriormente, cuidadosamente, num fácil formato sonoro?
Carla Bozulich não. Já sendo uma semi-veterana com passagens por várias bandas (investiguem os excitante Geraldine Fibbers), regressa com uma banda (Evangelista) que era o título do seu último disco a solo. E aqui, num disco sincero, mas ferido, Bozulich, vai ainda mais longe na exploração das opressões íntimas, ao expor sofrimento e dor.
Acompanhada por alguns elementos dos A Silver Mt. Zion, e através de desarticuladas orquestrações, melodias formaldeídas, ásperos arranjos de cordas, e uma prosa perniciosa, Bozulich surge elegante e astuta, mas angustiada, criando uma sonoridade subtil e ríspido. Os cenários variam: a sabedoria negra e anciã em ” Mystical Prankster”, a provocação inabalável em “Truth Is Dark Like Outer Space”, a crueldade e o perigo em “Lucky Luck Luck”, culminando no claustrofóbico épico hino de “Paper Kitten Claw”. E não há palavras para descrever a grandiosa e delicada “The Blue Room”
Bem-vindos a um mundo invulgar e maravilhoso.
_
2 comentários:
Este novo, do qual tenho lido óptimas referências, ainda não ouvi. Mas o "Evangelista" era, de facto, assombroso. Na altura em que saiu vi um excelente concerto dela que só pecou por ser curto. Mas até no final abrupto foi invulgar. Em compensação pela duração do concerto principal, teve uma óptima 1.ª parte, bem longa, com os Hrsta (o vocalista passou pelos GYBE! e a baixista também toca com a Bozulich).
Abraço e bom fds!
É um disco dificil, mas se já conheces, não vais estranhar.
Abraço e tb bom fds.
Enviar um comentário