O duo Rob Barber e Mary Pearson esforçaram-se por fazer com que a sua sonoridade não se enquadrasse facilmente nos géneros habituais e apresentam-nos uma excitadamente única experiência auditiva. O facto do disco ter sido gravado no seu apartamento de Brooklyn, e a utilização de um conjunto de objectos domésticos mundanos, tornam os resultados dessas experiências muito terrenos.
Através de uma gradual e paciente construção de sons e dinâmicas sonoras onde a presença constante da voz demasiado doce de Pearson, que nos surge abafada de forma de a repercutir e a retardar, torna-a em mais um versado instrumento na incompreensível mistura de colagens rítmicas de “ruídos e sons” de Barber, criando uma música irregular, adequada para as alegres e meditativas letras infantis, cheias júbilo e surpresas, que invocam contos de fadas e dão às canções um sentimento de absorção.
O resultado é um conjunto de canções hipnóticas, impetuosas, soporíficas, normalmente dolorosamente doces que nos deslumbrem completamente. Desde as finas porções de electrónica e os oscilantes tons penetrantes de “The Storm” e “The Tree With The Lights In It”, passando pela maravilhosamente incerta percussão, da excelente literalmente “Vision’s The First”, pelos hesitantes “beats” de “Gold Coin”, pelo esplendorosamente apurado “electro-pop” de “From Stardust To Sentience”.
Algures num universo perdido entre Panda Bear e Aphex Twin.
Através de uma gradual e paciente construção de sons e dinâmicas sonoras onde a presença constante da voz demasiado doce de Pearson, que nos surge abafada de forma de a repercutir e a retardar, torna-a em mais um versado instrumento na incompreensível mistura de colagens rítmicas de “ruídos e sons” de Barber, criando uma música irregular, adequada para as alegres e meditativas letras infantis, cheias júbilo e surpresas, que invocam contos de fadas e dão às canções um sentimento de absorção.
O resultado é um conjunto de canções hipnóticas, impetuosas, soporíficas, normalmente dolorosamente doces que nos deslumbrem completamente. Desde as finas porções de electrónica e os oscilantes tons penetrantes de “The Storm” e “The Tree With The Lights In It”, passando pela maravilhosamente incerta percussão, da excelente literalmente “Vision’s The First”, pelos hesitantes “beats” de “Gold Coin”, pelo esplendorosamente apurado “electro-pop” de “From Stardust To Sentience”.
Algures num universo perdido entre Panda Bear e Aphex Twin.
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4 comentários:
Estamos a aguardar a lista dos melhores do ano... e hoje já é dia 1 ; )
Mais uma boa crítica a um album que ainda nao conheço! mas fica para breve...;)
abraço
Vi o concerto deles aqui no Porto e não achei grande piada. Aguardo pelo CD para tirar teimas, mas uma coisa é certa, de Young Marble Giants não têm nada ; )
Queremos a lista dos melhores do ano, hoje já são 5 ; )
Abraço
Não sei se ao vivo, perdem algum encanto, pois a sua sonoridade é muito delicada, e na transposição para o palco, podem perder essa identidade.
A lista do melhores do ano já está publicada :-)
Abraço
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