Em 1992, os TDHOH editaram um dos mais subestimados discos da década. E eles são tudo menos “disposable”, pois estabeleceram um novo padrão para o rap. Erguendo-se das cinzas dos The Beatnigs, Michael Franti e Rono Tse, criaram um disco histórico numa altura onde a maioria dos “rappers” estavam a promover o “gangsta”, os TDHOH criticavam severamente a América e os seus estabelecidos limites, empreendendo uma campanha global, cheia de inéditos comentários politico e social que rasga até ao núcleo central das modernas injustiças, abordando temas tabus no rap, como a homofobia e os vícios consumistas dos negros, tudo isto através de descrições acutilantes e de um discurso articulado e não dogmático.
Mas classificar este disco como “rap”, é ambíguo, pois os elementos industrias estão bem presentes e relembram as experiências anteriormente abordadas pelos Consolidated e Tackhead – e se os “Inspirators & Conspirators” listados no “booklet” que acompanha o disco incluem Gil Scott-Heron, KRS-One e Public Enemy, também incluem Jello Biafra, Adrian Sherwood e Meat Beat Manifesto – podemos dizer que temos uma fusão, um “industrial rap”, totalmente diferente do que Franti desenvolveu posteriormente no projecto Spearhead.
Os TDOHO atacavam politicamente, emocionalmente e racialmente de uma forma inteligente, onde cada cortante canção é brilhante, entregue pela intensamente hipnotizante e serena voz de Franti sobre contagiantes “beats” e inteligentemente colocados “samples”.
Relatos nada delicados de uma sociedade dominada pela televisão (“Television, The Drug Of The Nation”), de casos violentos de descriminação contra minorias (“Socio Genetic Experiment”), da Guerra do Golfo (“The Winter of The Long Hot Summer”), ou a notável versão de “Califórnia Über Alles” (original dos Dead Kennedys) eram fortes mensagens que nos permitem decidir sobre o tópico politico em discussão pela nossa própria cabeça.
Mas classificar este disco como “rap”, é ambíguo, pois os elementos industrias estão bem presentes e relembram as experiências anteriormente abordadas pelos Consolidated e Tackhead – e se os “Inspirators & Conspirators” listados no “booklet” que acompanha o disco incluem Gil Scott-Heron, KRS-One e Public Enemy, também incluem Jello Biafra, Adrian Sherwood e Meat Beat Manifesto – podemos dizer que temos uma fusão, um “industrial rap”, totalmente diferente do que Franti desenvolveu posteriormente no projecto Spearhead.
Os TDOHO atacavam politicamente, emocionalmente e racialmente de uma forma inteligente, onde cada cortante canção é brilhante, entregue pela intensamente hipnotizante e serena voz de Franti sobre contagiantes “beats” e inteligentemente colocados “samples”.
Relatos nada delicados de uma sociedade dominada pela televisão (“Television, The Drug Of The Nation”), de casos violentos de descriminação contra minorias (“Socio Genetic Experiment”), da Guerra do Golfo (“The Winter of The Long Hot Summer”), ou a notável versão de “Califórnia Über Alles” (original dos Dead Kennedys) eram fortes mensagens que nos permitem decidir sobre o tópico politico em discussão pela nossa própria cabeça.
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4 comentários:
Nice blog!!! Visit: http://www.buenamusica.ucoz.net/ Thanks!!!
Álbuns como este só surgem muito de vez em quando, infelizmente.
Música e mensagem como nunca mais foi feito.
É eterno este disco.
Um abraço
Um disco com uma força avassaladora, em pleno período da 1.ª Guerra do Golfo. Incrivelmente, essa força mantém-se intacta passados todos estes anos. Um clássico obrigatório, sem dúvida.
Grande abraço.
este também mora aqui em casa. Discos a colocar o dedo na ferida nunca são demais.
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