Matt Herbert empreendeu aqui um novo conceito musical, inspirado pelo “techno” mas frequentemente leve como uma pena, inspirado pelo “ambient” mas projectado para focar tanta atenção quanta conseguir produzir. Os seus trilhos rítmicos são trabalhados a partir de bizarras gravações, seja de uma pessoa a correr na praia ou de alguém a comer uma maça. Sinistras matrizes electrónicas são esculpidas, e distanciados arranjos de cordas e vibrafones são ligeiramente introduzidos, aludindo aos filmes de espionagem dos anos 60. Existem ainda faixas que são baseadas em gravações realizadas em meios onde Herbert se movimenta habitualmente, assim há uma ressonância pessoal quando ele próprio surge a tocar piano acompanhado pelas campânulas de uma igreja Italiana; ou a divertir-se com os seus amigos e os seus acordeões nasais num café de Viena. Também esta aqui incluída “A Quiet Week In The House”, uma bela e simples banda-sonora para um filme animado de Jan Svankmeyer.
A primeira metade do disco tem uma consciência mais experimental; a segunda metade assenta em exercícios rítmicos levemente mais fáceis e directos. Sempre muito delicadamente trabalhados, os sons parecem dar impressão de estarem filtrados e despojados, e existe imenso espaço.
Ao juntar citações da cultura popular com referências muito pessoais e uma animada atitude experimental em relação à tecnologia, Herbert criou uma música muito particular que impressiona por ter muito em comum com muitas das correntes artes visuais. Podem rotula-lo de banda-sonora imaginária ou après-techno, se quiserem, para mim, é somente um tipo de arte encantadora.
A primeira metade do disco tem uma consciência mais experimental; a segunda metade assenta em exercícios rítmicos levemente mais fáceis e directos. Sempre muito delicadamente trabalhados, os sons parecem dar impressão de estarem filtrados e despojados, e existe imenso espaço.
Ao juntar citações da cultura popular com referências muito pessoais e uma animada atitude experimental em relação à tecnologia, Herbert criou uma música muito particular que impressiona por ter muito em comum com muitas das correntes artes visuais. Podem rotula-lo de banda-sonora imaginária ou après-techno, se quiserem, para mim, é somente um tipo de arte encantadora.
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