Tal como “John Wesley Harding” de Bob Dylan, o primeiro disco dos The Band afigurava-se completamente singular com a maioria da música “rock” contemporânea, não só na sua apurada sobriedade, mas também pelo invulgar aspecto espectral das canções, que impecavelmente abordavam a difícil e fatalista existência vivida por aqueles que se afastaram do sonho americano. A música, no entanto, era uma infinitamente flexível mistura de influências forjadas após anos de actuações em bares e outros antros.
Indo contra a tendência “psychedelic rock” que rebentava no final dos anos 60, criaram uma música misteriosa, terrena, sincera, emotiva, arrebatadora e eclética que captura tantas emoções e funde com sucesso numerosas tradições musicais americanas. O termo “Americana”, fornece a sugestão, mas não abrange tudo, pois existem elementos de “r&b”, “blues”, “country”, “hillbilly” e “gospel”, tornando-o inclassificável no panteão do “rock” onde ele se insere.
Musicalmente são soberbos, numa ostentação de talento dos 5 membros, e se a música soa simples, é pela minimalista aproximação que realça a estranha aura do disco, pois as canções e a performance são floreadas e complexas (e que conforme reza a história influenciou gente como os The Beatles ou Eric Clapton).
Cada canção é uma sinfonia em si mesma, combinando o irregular e complexo entrelaçar das três subtis e apaixonadas vozes com instrumentos eléctricos e acústicos, e invocando tempos e espaços espirituais que existem apenas num imaginário distante. Desde a pungente “Tears Of Rage” com a sufocante guitarra, o volátil e inimitável órgão de Garth Hudson, a vaticinante percussão de Levon Helm, e a dolorosamente bela e angustiante voz de Richard Manuel, passando pela forma contundentemente económica de tocar guitarra de Robbie Robertson no requintado solo no final de “Kingdom Come”, pelas vacilantes harmonias vocais de “We Can Talk”, pelo épico poder emocional de “The Weight”, pela coerentemente relatada “Long Black Veil”, que derrota qualquer outra versão, ou pelo incendiário “intro” da oscilante “Chest Fever”.
Este disco fez com que outros músicos tornassem a olhar para as tradições musicais americanas. E provavelmente sem ele não teriamos tido um Bruce Springsteen, um Tom Petty ou uns R.E.M..
Indo contra a tendência “psychedelic rock” que rebentava no final dos anos 60, criaram uma música misteriosa, terrena, sincera, emotiva, arrebatadora e eclética que captura tantas emoções e funde com sucesso numerosas tradições musicais americanas. O termo “Americana”, fornece a sugestão, mas não abrange tudo, pois existem elementos de “r&b”, “blues”, “country”, “hillbilly” e “gospel”, tornando-o inclassificável no panteão do “rock” onde ele se insere.
Musicalmente são soberbos, numa ostentação de talento dos 5 membros, e se a música soa simples, é pela minimalista aproximação que realça a estranha aura do disco, pois as canções e a performance são floreadas e complexas (e que conforme reza a história influenciou gente como os The Beatles ou Eric Clapton).
Cada canção é uma sinfonia em si mesma, combinando o irregular e complexo entrelaçar das três subtis e apaixonadas vozes com instrumentos eléctricos e acústicos, e invocando tempos e espaços espirituais que existem apenas num imaginário distante. Desde a pungente “Tears Of Rage” com a sufocante guitarra, o volátil e inimitável órgão de Garth Hudson, a vaticinante percussão de Levon Helm, e a dolorosamente bela e angustiante voz de Richard Manuel, passando pela forma contundentemente económica de tocar guitarra de Robbie Robertson no requintado solo no final de “Kingdom Come”, pelas vacilantes harmonias vocais de “We Can Talk”, pelo épico poder emocional de “The Weight”, pela coerentemente relatada “Long Black Veil”, que derrota qualquer outra versão, ou pelo incendiário “intro” da oscilante “Chest Fever”.
Este disco fez com que outros músicos tornassem a olhar para as tradições musicais americanas. E provavelmente sem ele não teriamos tido um Bruce Springsteen, um Tom Petty ou uns R.E.M..
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2 comentários:
Só tenho o homónimo e é um dos discos recorrentes quando olho para a prateleira :)~
Incrível!
Abraço
JP
Os dois discos são excelnetes.
Abraço
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