13 julho 2009

Do fundo da prateleira # 17 - Seam – “The Pace Is Glacial” (1998 Touch And Go)

Durante anos, os Seam especializaram-se em criar uma perfeita casta de “power-pop”. E os longos períodos entre álbuns, como o realizado antes da edição de “The Pace Is Glacial”, fazem-nos sempre pensar se a banda terminou. Esperemos que não, pois todas as canções aqui presentes são consistentes e distintivas, recheadas com uma mistura de estrondosas guitarras e óptimas melodias. Muitas outras bandas usaram uma receita similar com vista ao sucesso, mas os Seam desenvolveram uma identidade única que os separa dos restantes. Comparações com o “dream pop” de bandas como os Galaxie 500 são validas, mas os Seam nunca tiveram receio de adicionar densas e agressivas doses de guitarras.
A combinação da expressividade e com o carácter melodioso é o aspecto mais forte da sua música. Alguns dos melhores momentos de “The Pace Is Glacial” acontecem quando as guitarras se edificam ciclicamente, em catárticos “crescendos”. Mas eles também têm uma aptidão para composições mais tranquila, e as mais elementares baladas deste disco são minimalmente belas.
Não existe nada radicalmente diferente neste disco, mas todas as canções soam genuinamente emotivas, o que é mais que suficiente. Em vez de se tentaram ajustar a um novo modelo, os Seam simplesmente perseguiram a evolução gradual do seu estilo com muita dignidade.
Assim, subtilmente, eles conseguiram produzir um grande disco, recheado de canções impecavelmente melódicas.
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2 comentários:

M.A. disse...

Esta é uma daquelas bandas que ainda tenho de aprofundar. No "estudo" que tenho feito do underground americano, tenho lido óptimas referências.

Abraço

eduardo disse...

que bela recordação!
Os Seam deveriam ter tido mais destaque enquanto cá andaram, mas o que vale é que quem os ouviu ficou marcado.