24 setembro 2009

Wilco - Discografia Selectiva

“Being There” (1996 Reprise)

Tal como os Rolling Stones de “Country Honk” e os Grateful Dead de “American Beauty”, executam uma mistura de estilos – primariamente “country-rock” e rude “American punk” – com uma excitação “bar-room” e um charme decrépito que é inteiramente ilusório neste disco de dupla meditação sobre a idade e a vida “rock’n’roll”. Existe uma busca optimista na visão do compositor Jeff Tweedy que é perfeitamente igualada pela força das suas melodias.
Destaques: “Hotel Arizona”, “Outtasite (Outta Mind)”

“Summerteeth” (1999 Reprise)

Uma miasma de “rock, pop e “country”, que transcende géneros, onde trocaram as suas raízes “roots rock” pelos acordes “power-pop” dos Big Star, pelas harmonias radiosas dos The Beach Boys e por uma esfera de experimentação.
Rodopiando numa extraordinária tapeçaria de sons e uma enormidade de instrumentos que inclui mellotrons, guitarras “e-bow”, moogs, trompetes e várias percussões - todos tocados de uma forma vibrante, apurada e imaculada - as canções invocam as angústias amargas e as euforias irrealistas das relações humanas, através das tristes e sombrias letras, que demonstram um invulgar crescimento da parte de Tweedy. Ele aparentemente é sincero e directo, e o resultado é imediato, alternativamente amável e irritado, simultaneamente esplendoroso e perturbador.
Destaques: “Can’t Stand It”, “I’m Always In Love”, She’s A Jar”, “Via Chicago”

“Yankee Hotel Foxtrot” (2002 Nonesuch)

Um disco verdadeiramente especial, de uma banda que estava a alterar a sua sonoridade, com uma unicamente sóbria sensibilidade, e que leva o ouvinte numa ecléctica viagem existencialista.
Impregnado com uma consistência codificada e com uma complexidade rítmica jamais atingida num disco dos Wilco, onde os instrumentos típicos batalham com turbilhões de ruídos e sons bizarros, que interligam as canções de todas as formas possíveis. A presença de Jim O’Rourke não será alheia a esta sonoridade.
Está recheado de escuridão e mistério, com comoventes canções acerca do amor (imprevisível, magnífico, doloroso, incompreendido, desleal), num estranho mundo moderno, que revelam uma beleza intangível.
Destaques: “I Am Trying To Break Your Arm”, “War On War, “Heavy Metal Drummer”

“A Ghost Is Born” (2004 Nonesuch)

Outro diversificado e encantadoramente incompreensível esforço de um dos mais interessantes experimentalistas da musica moderna. Para além dos paradigmas e da ironia musical, temos o intrigante “pop”, mas também o rude, fumegante e jubiloso “rock’n’roll”. Imprevisivelmente, as canções aqui geralmente evitam os rápidos dividendos e grandes refrãos em favor de arranjos complexos e subtis dinâmicas. Tweedy surge mais relaxado, mais subjugado, e mais dependente do estúdio de gravação. O efeito é gradual, libertino em tonalidade, detalhe e nas estruturas libertas de convencionalismos das canções. Provavelmente não cativará na primeira audição, todavia, quando investimos tempo e o ouvimos repetidamente, conseguimos apreciar este disco sem esforço e as canções tornam-se verdadeiramente contagiantes.
Detaques: “At Least That’s What You Said”, “Hummingbird”,


5 comentários:

M.A. disse...

Eu prefiro o "Sky Blue Sky" ao "Ghost", que foi uma pequena desilusão depois do "Yankee". O que achaste do último? Ainda não ouvi.

strange quark disse...

Pois, eu subscrevo o M.A. e também não conheço o último, para além de duas ou três músicas que entretanto ouvi.

strange quark disse...

Pois, eu subscrevo o M.A. e também não conheço o último, para além de duas ou três músicas que entretanto ouvi.

Shumway disse...

M.A. e SQ: O ultimo é tipicamente Wilco, mas pode soar fraco em relação aos anteriores.

Abraço

Anónimo disse...

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