A segunda vida dos The Go-Betweens, estava definitivamente em alta após a edição em 2005 de “Oceans Apart”, um clássico ao nível de “16 Lovers Lane”. A morte de Grant McLennan, em 2006, ditou o fim de uma ligação de duas pessoas com personalidades opostas, mas que se influenciaram uma à outra ao longo de 30 anos, resultando numa das melhores associações criativas da história da “pop”.
Robert Forster editou este disco a solo, que, apesar de não ser um disco dos Go-Betweens (mas foi assim iniciado), conta com a presença de antigos colaboradores dos tempos de “Liberty Belle…” e “16 Lovers…”, como o produtor Mark Wallis e Audrey Riley, responsável pelos arranjos, inclui a ultima secção rítmica do grupo, e está centrado na memória de Grant McLennan, não deve ser considerado como uma elegia, mas sim como um testemunho da influência e camaradagem vivida com McLennan.
E o resultado mais visível, é que neste disco existe uma maior coesão do que em anteriores trabalhos a solo de Forster. Pois, e ao contrário das suas composições a solo ou nos The Go-Betweens, onde sempre foi o mais poético, o mais literário, onde as suas metáforas e alusões, sempre foram complementadas e balançadas pelas composições mais directas e terrenas de McLennan, aqui surge muito mais directo, puro, honesto e vulnerável.
É um disco predominantemente acústico, com momentos notáveis, desde o elegíaco “If It Rains”, passando pelo misterioso “Did She Overtake”, seja nas canções escritas a meias com Grant – “It Ain’t Easy” um franco tributo a um amigo desaparecido, “Demon Days” a alegre tristeza de uma fatal lembrança - ou acerca dele – a elegante e brilhante “Pandanus”. E que melhor forma de fechar melancolicamente um disco com “From Ghost Town”, a arrebatadora e devastadora meditação sobre a perda.
Em “The Evangelist”, Forster, libertou-se e inspirado pelo seu eterno colaborador, criou um disco impressionante e incisivamente emocional.
Robert Forster editou este disco a solo, que, apesar de não ser um disco dos Go-Betweens (mas foi assim iniciado), conta com a presença de antigos colaboradores dos tempos de “Liberty Belle…” e “16 Lovers…”, como o produtor Mark Wallis e Audrey Riley, responsável pelos arranjos, inclui a ultima secção rítmica do grupo, e está centrado na memória de Grant McLennan, não deve ser considerado como uma elegia, mas sim como um testemunho da influência e camaradagem vivida com McLennan.
E o resultado mais visível, é que neste disco existe uma maior coesão do que em anteriores trabalhos a solo de Forster. Pois, e ao contrário das suas composições a solo ou nos The Go-Betweens, onde sempre foi o mais poético, o mais literário, onde as suas metáforas e alusões, sempre foram complementadas e balançadas pelas composições mais directas e terrenas de McLennan, aqui surge muito mais directo, puro, honesto e vulnerável.
É um disco predominantemente acústico, com momentos notáveis, desde o elegíaco “If It Rains”, passando pelo misterioso “Did She Overtake”, seja nas canções escritas a meias com Grant – “It Ain’t Easy” um franco tributo a um amigo desaparecido, “Demon Days” a alegre tristeza de uma fatal lembrança - ou acerca dele – a elegante e brilhante “Pandanus”. E que melhor forma de fechar melancolicamente um disco com “From Ghost Town”, a arrebatadora e devastadora meditação sobre a perda.
Em “The Evangelist”, Forster, libertou-se e inspirado pelo seu eterno colaborador, criou um disco impressionante e incisivamente emocional.
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2 comentários:
Até ver, um dos melhores do ano. Duvido que venha a fazer parte de muitas listas, mas não faltará na minha.
Abraço e bom fds!
5*
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