Após oito anos sem editar, a misteriosa Leila Arab, está de regresso agora na Warp, depois dos excelentes “Like Weather” (1998 Rephlex) e “Courtesy of Choice” (2000 XL), que com o passar dos anos continuam a revelar qualidades escondidas. O facto de neste período ter perdido os seus pais (que indiscutivelmente deixa a sua marca no disco) servirá como uma possível explicação.
Mas volta com a mesma qualidade arrebatadora, disposta a mexer com os velhos pressupostos do que a música electrónica deveria supostamente ser. Pois presenteia-nos com aprazíveis e invulgares estruturas musicais, agradavelmente variadas, recheadas de sons electrónicos nauseabundos e desprovidos de quaisquer pontos de referência ou distantes de fórmulas estabelecidas.
Assim produz um disco singular e incomparável, com um mostruário sublime, como os momentos “electro” presentes em “Molie” e nesse conto de fadas subaquático que é “Lush Dolphins”. Na excêntrica melodia “pop” de “Little Acorns”, ou em “Mettle”, com as suas borbulhantes correntes divergentes e a estrondosa guitarra.
São várias as contribuições vocais, mas destacam-se a sublime prestação de Roya na sedutora “Daisies, Cats and Spacemen” e Zan Lyons em “Young Ones”. E a colaboração dos dois nomes mais “mainstream” presentes no disco, Terry Hall em “Time To Blow” e Martina Topley-Bird em “Deflect”, ou o alterado dueto em que ambos participam, “Why Should I’”.
“Blood, Looms and Blooms” é perturbador e intrigante, mas será uma das melhores experiências traumáticas do ano.
Mas volta com a mesma qualidade arrebatadora, disposta a mexer com os velhos pressupostos do que a música electrónica deveria supostamente ser. Pois presenteia-nos com aprazíveis e invulgares estruturas musicais, agradavelmente variadas, recheadas de sons electrónicos nauseabundos e desprovidos de quaisquer pontos de referência ou distantes de fórmulas estabelecidas.
Assim produz um disco singular e incomparável, com um mostruário sublime, como os momentos “electro” presentes em “Molie” e nesse conto de fadas subaquático que é “Lush Dolphins”. Na excêntrica melodia “pop” de “Little Acorns”, ou em “Mettle”, com as suas borbulhantes correntes divergentes e a estrondosa guitarra.
São várias as contribuições vocais, mas destacam-se a sublime prestação de Roya na sedutora “Daisies, Cats and Spacemen” e Zan Lyons em “Young Ones”. E a colaboração dos dois nomes mais “mainstream” presentes no disco, Terry Hall em “Time To Blow” e Martina Topley-Bird em “Deflect”, ou o alterado dueto em que ambos participam, “Why Should I’”.
“Blood, Looms and Blooms” é perturbador e intrigante, mas será uma das melhores experiências traumáticas do ano.
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2 comentários:
a destacar ainda 'Teases Me', com a excelente participação de Luca Santucci.
muito bom este regresso .... e longa ia a espera !
Não fiquei assim tão arrebatado, embora reconheça que tem momentos muito bons (como "Mettle"). Dispensava tantos vocalistas, já que acho os temas instrumentais os mais interessantes, mas é um disco a ter em conta.
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