“Sulk”, foi uma distinta revolta contra os tons negros predominantes do pós-punk (cuja capa do disco bem o serve para ilustrar). Seria o último álbum de originais de uma trilogia de obras-primas (incluir “The Affectionate Punch” e”Fourth Drawer Down”) que os Associates iriam editar, e será provavelmente o mais acessível dos três, e onde as suas canções mais conhecidas estão incluídas.
Mas ao contrário de muitos disco dos anos 80, que se condenaram sonoramente a eles próprios a ficar encarcerados nessa década, este, como o passar dos anos, parece cada vez mais actual do que aquando da sua edição. E se, segundo reza a história, como o processo de gravação foi longo, felizmente o seu resultado final não resultou em nada de confuso ou desapontante, mas sim num grande disco “pop”.
Da combinação dos talentos do multi-instrumentista Alan Rankine, que criou uma música antinatural baseada em camadas sonoras de singularidade sintética, com as vocalizações eloquentes e transcendentais de Billy MacKenzie, resultou um disco conceptual, com a primeira metade (lado A no antigo vinil) a levar-nos para as trevas, com as canções mais sinistras, e com a segunda metade a restituir-nos a claridade, com as mais calmamente melódicas.
Ficaram peças únicas e extravagantes, como a alienada “Party Fears Two”, a incrível “Club Country”, a fantástica “Gloomy Sunday”, ou a maníaca cacofonia de “Nude Spoons”. E outras que amadureceram magnificamente como “Skipping”.
Se o suicídio de MacKenzie, poderá ter-lhe assegurado um estatuto de culto, é aqui que verdadeiramente conseguimos ouvir, através da sua elevada voz, a sua alma torturada e o seu grandioso espírito.
Mas ao contrário de muitos disco dos anos 80, que se condenaram sonoramente a eles próprios a ficar encarcerados nessa década, este, como o passar dos anos, parece cada vez mais actual do que aquando da sua edição. E se, segundo reza a história, como o processo de gravação foi longo, felizmente o seu resultado final não resultou em nada de confuso ou desapontante, mas sim num grande disco “pop”.
Da combinação dos talentos do multi-instrumentista Alan Rankine, que criou uma música antinatural baseada em camadas sonoras de singularidade sintética, com as vocalizações eloquentes e transcendentais de Billy MacKenzie, resultou um disco conceptual, com a primeira metade (lado A no antigo vinil) a levar-nos para as trevas, com as canções mais sinistras, e com a segunda metade a restituir-nos a claridade, com as mais calmamente melódicas.
Ficaram peças únicas e extravagantes, como a alienada “Party Fears Two”, a incrível “Club Country”, a fantástica “Gloomy Sunday”, ou a maníaca cacofonia de “Nude Spoons”. E outras que amadureceram magnificamente como “Skipping”.
Se o suicídio de MacKenzie, poderá ter-lhe assegurado um estatuto de culto, é aqui que verdadeiramente conseguimos ouvir, através da sua elevada voz, a sua alma torturada e o seu grandioso espírito.
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3 comentários:
Este é um disco intemporal.
Cheers
Carlos
Infelizmente emprestei o meu exemplar a alguém que não mo devolveu, já lá vão 7/8 anos. É para aprender!...
Ainda bem que na altura ainda não tinha o "4th drawer down" e "...Punch", se não corria o risco dos ter incluído no "pacote" :)
M.A.: Infelizmente também já me aconteceu no passado com outros discos.
Agora nem a minha mulher empresto... estão todos fechados... :-)
Abraço
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