Bradford Cox ofereceu-nos no ano transacto, dois excelentes discos, que estiveram entre os melhores desse mesmo ano - “Microcastle” dos Deerhunter e o primeiro disco do seu projecto a solo, Atlas Sound - onde regressa agora.
Aqui, em oposição ao Deerhunter, Cox permite a si próprio mais liberdade na composição, e o resultado é mais um disco extremamente ecléctico, cuidadosamente composto, e com uma atenuante elegância.
Dentro do seu admiravelmente invulgar e intenso mundo interno, ”Logos” consegue combinar melodias simples com bastante experimentalismo, o que permite ao ouvinte regressar sempre preparado para novas sensações auditivas.
Gravado de forma súbita em tournée, conta com bastantes convidados ilustres, como Noah Lennox/Panda Bear dos Animal Collective, no desenvolto e sublime “psych-pop” de “Walkabout”, Sasha Vine dos Sian Alice Group, na frágil tolerância de “Attic Lights” ou Laetitia Sadier dos Stereolab, que empresta a sua volátil voz às acidentadas matrizes sonoras do épico “Quick Canal”. Estes convidados efectivamente ajudaram a dar uma nova ressonância a este caleidoscópio sonoro, mas apesar da sua presença, “Logos” é ainda predominantemente uma questão verdadeiramente insular para Cox, mas que aqui soa mais vivo e mais solto do que no primeiro disco. Isso é visível nas harmónicas tonalidades que emergem de “An Orchid”, no evasivo “pop” acústico de “Criminals”, na interminavelmente memorável e vibrante pseudo-balada “Sheila” ou nos cintilantes sintetizadores e ritmos activos de “Kid Klimax”.
Dolorosamente belo.
Aqui, em oposição ao Deerhunter, Cox permite a si próprio mais liberdade na composição, e o resultado é mais um disco extremamente ecléctico, cuidadosamente composto, e com uma atenuante elegância.
Dentro do seu admiravelmente invulgar e intenso mundo interno, ”Logos” consegue combinar melodias simples com bastante experimentalismo, o que permite ao ouvinte regressar sempre preparado para novas sensações auditivas.
Gravado de forma súbita em tournée, conta com bastantes convidados ilustres, como Noah Lennox/Panda Bear dos Animal Collective, no desenvolto e sublime “psych-pop” de “Walkabout”, Sasha Vine dos Sian Alice Group, na frágil tolerância de “Attic Lights” ou Laetitia Sadier dos Stereolab, que empresta a sua volátil voz às acidentadas matrizes sonoras do épico “Quick Canal”. Estes convidados efectivamente ajudaram a dar uma nova ressonância a este caleidoscópio sonoro, mas apesar da sua presença, “Logos” é ainda predominantemente uma questão verdadeiramente insular para Cox, mas que aqui soa mais vivo e mais solto do que no primeiro disco. Isso é visível nas harmónicas tonalidades que emergem de “An Orchid”, no evasivo “pop” acústico de “Criminals”, na interminavelmente memorável e vibrante pseudo-balada “Sheila” ou nos cintilantes sintetizadores e ritmos activos de “Kid Klimax”.
Dolorosamente belo.
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1 comentário:
É sim, muito bom o Logos. E andas a ouvir boas coisas...
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